2007-07-28 16:15:27

PRESIDENTE VENEZUELANO PEDE DESCULPAS AO CARDEAL MARADIAGA


Caracas, 28 jul (RV) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu desculpas ao arcebispo de Tegucigalpa, Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, por tê-lo chamado de "papagaio e palhaço imperialista". Por outro lado, Chávez reclamou ao cardeal hondurenho que retifique as críticas feitas à gestão de seu governo na Venezuela.

Se ofendi ao cardeal de Tegucigalpa, eu _ atendendo ao pedido de meu amigo, o presidente de Honduras, Manuel Zelaya _ "peço minhas desculpas, não me custa nada", disse Chávez durante um ato oficial no Estado de Trujillo, transmitido em cadeia de rádio e televisão.

Ademais, o mandatário venezuelano disse que "oxalá" o cardeal "tenha a sabedoria de reconhecer que se equivocou quando disse, sem conhecimento de causa, que aqui há uma ditadura".

"Se tiver dúvidas _ prosseguiu Chávez _ inclusive o convido, venha senhor cardeal e passeie pelas cidades da Venezuela, fale com o povo de Deus, o povo venezuelano, para que veja a verdade."

Por fim, o mandatário venezuelano insistiu em acusar o papa de ter se "equivocado", em Aparecida, SP, quando explicou que a evangelização não foi uma "imposição" nem "uma alienação" das culturas pré-colombianas _ frisou Chávez em alusão ao discurso de Bento XVI, feito no dia 13 de maio passado, na abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe.

Contudo, na audiência geral da quarta-feira, dia 23 do mesmo mês, realizada na Praça São Pedro, Bento XVI, fazendo um balanço de sua viagem apostólica ao Brasil, ao falar da evangelização do subcontinente latino-americano, reconheceu que a recordação de um passado glorioso não pode ignorar as sombras que acompanharam essa evangelização:

“De fato _ disse o papa _ não é possível esquecer os sofrimentos e as injustiças perpetradas pelos colonizadores às populações indígenas, muitas vezes espezinhadas em seus direitos humanos fundamentais. Mas a imperiosa menção de tais crimes injustificáveis _ crimes desde então condenados pelos missionários como Bartolomeu de Las Casas e por teólogos como Francesco de Vitória, da Universidade de Salamanca _ não deve impedir de considerar com gratidão a obra maravilhosa feita pela graça divina entre aquelas populações ao longo desses séculos.” (JD)







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