2007-07-26 17:25:51

ECUMENISMO SE CONTRÓI ALICERÇADO NA VERDADE, DIZ SECRETÁRIO DA CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ


Cidade do Vaticano, 26 jul (RV) - O secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Arcebispo Angelo Amato, fez uma conferência nesta terça-feira, dia 24, no curso de verão intitulado "Bento XVI: pensamento e proposta no II aniversário de seu pontificado", que está se realizando durante esta semana em Aranjuez, na Espanha, organizado pela Fundação Universidade Rey Juan Carlos.

Durante o curso de verão, o arcebispo afirmou que o documento publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé, intitulado "Respostas a questões relativas a alguns aspectos da Doutrina sobre a Igreja", é um texto que repete o que o diz o Concílio Vaticano II, que a "única Igreja de Cristo subsiste na história na Igreja Católica", e acrescentou que ao reiterar isso não afirma um "vazio" eclesial fora da Igreja Católica.

Antes de se pronunciar numa conferência sobre "Jesus de Nazaré na Cristologia de Bento XVI" e sobre o livro do papa, o arcebispo teve um breve encontro com alguns jornalistas. Dom Amato disse que o texto declara que as Igrejas Ortodoxas orientais têm uma reta compreensão da sucessão apostólica e dos sacramentos, sobretudo da Eucaristia, e podem considerar-se, portanto, "Igrejas".

"O texto é muito positivo para o encontro ecumênico porque dá uma identidade precisa à Igreja católica e o ecumenismo constrói-se alicerçado na verdade e na identidade dos interlocutores" _ disse o arcebispo.

Em relação às comunidades eclesiais da Reforma, que não aceitam a sucessão apostólica e uma reta compreensão da Eucaristia, Dom Angelo Amato explicou que elas mesmas se chamam "comunidades eclesiais da Reforma", e esta definição é usada tanto pela Congregação para a Doutrina da Fé como pelo Concílio Vaticano II.

Sobre a reação dos protestantes perante o documento, o arcebispo desmentiu que houvesse incômodos, porque "eles sabem que essa é a nossa identidade e não é a primeira vez que a Congregação afirma isso". O arcebispo também recordou que no ano 2000, a famosa Instrução "Dominus Iesus" afirmava exatamente o mesmo.

Dessa forma, o secretário da Congregação para a Doutrina da fé insistiu na importância para o diálogo ecumênico de reconhecer que a Igreja de Cristo não é um "mito" ou um "ideal" que se tornará realidade com a união das Igrejas, mas que subsiste na história na Igreja católica.

"A Igreja de Cristo existe na história, é já uma realidade concreta na história, que procura a unidade, através do diálogo ecumênico, com todas as outras expressões" _ finalizou Dom Angelo Amato. (MJ)







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