IGREJA CATÓLICA NA ÍNDIA NÃO ACREDITA EM NOVO PROJETO DE LEI QUE PRETENDE FREAR ABORTO
DE FETOS FEMININOS
Nova Délhi, 16 jul (RV) - "O novo projeto de lei que pretende frear o aborto
dos fetos femininos é somente um método indireto para se praticar o controle da natalidade"
_ disse o presidente da Comissão para a Tutela da Saúde, Dom Bernard Blasius Moras,
arcebispo de Bangalore, na Índia.
Verificaram-se, nos últimos 20 anos, mais
de 10 milhões de abortos de fetos femininos na Índia. Segundo a proposta de lei, as
mulheres grávidas poderão se inscrever num registro determinado pelo governo e poderão
também pedir permissão para se submeter à prática do aborto.
Para o ministro
indiano do Desenvolvimento das Mulheres e Crianças, Renuka Chowdhury, a lei pretende
colocar fim ao aumento contínuo dos abortos, sobretudo, dos fetos femininos, e poderá
ser realizado em circunstâncias bem específicas.
Segundo Dom Moras, essa proposta
de lei não ajuda as mulheres em casos de gravidez ilegal ou ilegítima, e poderá ser
uma ocasião para legalizar o aborto. Os centros de assistência da Igreja católica
ajudam as mulheres mais necessitadas e em condições difíceis, tratando-as com dignidade
e ajudando-as a levar até o fim a gravidez com segurança.
As religiosas fazem
cursos de formação na área de saúde e acompanham todos os dias as mulheres grávidas,
sem fazer distinção de fé professada. Isso permitiu o aumento da taxa de natalidade
e diminuiu as mortes de parto até mesmo nas áreas mais pobres. (MJ)