2007-07-13 20:33:07

PE. JAEGER: O ACORDO ENTRE SANTA SÉ E ISRAEL É POSSÍVEL, MAS É PRECISO DAR TEMPO AO TEMPO


Jerusalém, 13 jul (RV) – Foi divulgada ontem, quinta-feira, a notícia sobre o encontro da Comissão bilateral de trabalho entre a Santa Sé e Israel, realizado na quarta-feira, em Jerusalém. Durante essa reunião, as partes decidiram que o próximo encontro terá lugar no dia 3 de setembro próximo.

A propósito da importância desse encontro e do progresso das negociações, a Rádio Vaticano entrevistou Pe. David Jaeger, especialista nas relações entre a Igreja e o Estado de Israel. Eis o que ele nos disse:

Pe. David Jaeger:- "A finalidade das negociações, na perspectiva da Igreja Católica, é a de obter a confirmação dos direitos já adquiridos pela Igreja em território israelense, no momento da criação do atual Estado israelense, em 1948. Esses direitos dizem respeito _ no acordo em elaboração _ à segurança das propriedades da Igreja Católica, primeiros dos quais _ obviamente _ os Lugares Sagrados. Mas dizem respeito também, à confirmação das isenções de impostos e taxas asseguradas à Igreja, no momento da criação do Estado de Israel, em virtude dos tratados e instituições precedentes. Quando do estabelecimento de relações diplomáticas entre a Santa Sé e Israel _ em 1994 _ se concordara assinar, antes de tudo, o Acordo Fundamental de 1993, para depois, se proceder à elaboração de uma série de acordos específicos."

P. Pe. Jaeger, após um período de dificuldades nas negociações, agora os encontros da Comissão bilateral têm-se realizado com regularidade. Pode-se falar de um novo clima, de um clima construtivo?

Pe. David Jaeger:- "Pelo que sabemos, as negociações não têm, por si mesmas, grandes problemas intrínsecos. O Acordo _ no meu modo de ver _ é certamente fatível. Por um longo período, o único problema que havia era o "poder-se encontrar"; era difícil fixar uma data para um encontro. Todavia, uma vez estabelecidas as datas dos encontros, as negociações sempre se desenvolveram muito bem. A questão é que, para que as negociações possam alcançar uma conclusão, é preciso dar-lhes tempo. Trata-se de questões extremamente complexas, que não podem ser decididas senão depois de muitas horas e muitos encontros de diálogo." (AF)







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