Udine, 13 jul (RV) - Praticamente a totalidade dos 103 presidentes dos colégios
de médicos provinciais da Itália, em representação de mais de 400 mil médicos pertencentes
à Federação Nacional dos Colégios de Médicos, Cirurgiões e Dentistas, redigiram um
documento que rejeita claramente qualquer hipótese de eutanásia.
Foi um dos
resultados da reunião que realizaram em Udine, de 7 a 10 do corrente, para debater
sobre "Ética e final da vida: itinerários para decisões responsáveis". O documento
da federação não manifesta nenhuma exigência de uma eventual lei sobre o testamento
biológico, e pede mais apoio aos cuidados paliativos.
No documento conclusivo
do Conselho Nacional da Federação sobre o final da vida, os médicos italianos "confirmam,
no âmbito da praxe clínica, o respeito dos valores básicos do novo Código Deontológico
aprovado em 16 de dezembro de 2006", segundo o qual o "dever do médico é de tutela
da vida, da saúde física e psíquica do homem e do alívio do sofrimento no respeito
pela liberdade e pela dignidade da pessoa humana".
No artigo 11 do referido
código se lê: "Em nenhum caso, o médico deverá aceder a pedidos do paciente em contraste
com os princípios de ciência e consciência, com o fim de comprazer-lhe, subtraindo-o
dos cuidados experimentados e eficazes disponíveis". (JD)