ARCEBISPO IRAQUIANO INDICA NECESSIDADE DE EXIGIR DOS GOVERNOS, RESPEITO AOS DIREITOS
HUMANOS
Bagdá, 10 jul (RV) - "Mudar os programas de ensino de religião nas escolas,
em casa e em geral nos lugares de culto; reformar o clero, tornando-o sempre mais
atento à sociedade moderna, e exigir dos governos, respeito aos direitos humanos":
essa é a proposta do arcebispo de Kirkuk, Iraque, Dom Louis Sako, para mudar a situação
dos cristãos que são perseguidos no país.
"Os atentados terroristas atingem
todos os iraquianos, sem fazer distinção entre as religiões: assaltos a mão armada,
homicídios e seqüestros são uma realidade cotidiana" _ denúncia o prelado à agência
italiana SIR (Serviço de Informação Religiosa).
"Os agitadores do dissolvido
partido Baath, os criminosos que saíram do regime precedente à guerra, os combatentes
árabes e os fundamentalistas muçulmanos. Todos querem impedir o projeto de um Iraque
democrático, pluralista e moderno. Os criminosos procuram dinheiro, os membros do
partido querem o poder, os fundamentalistas querem ser os depositários da única verdade
e, portanto, aqueles que a refutam são amedrontados" _ explica o arcebispo.
Em
meio a esta situação _ indica o prelado iraquiano _ os cristãos são as "primeiras
vítimas porque são assimilados aos norte-americanos e porque, assim, têm certo bem-estar
e se convertem em alvo de seqüestros".
Entretanto _ conclui o arcebispo _
"é possível reconstruir o país, sob o amparo da ONU". (JD)