Pequim, 03 jul (RV) - A carta de Bento XVI ao clero e aos fiéis da República
Popular da China desapareceu dos sites católicos que a hospedavam desde a sua publicação.
Ao mesmo tempo, na China é, até agora, impossível abrir o site da Santa Sé. A denúncia
foi feita pela agência missionária de notícias _ AsiaNews _ com base nas denúncias
feitas por sacerdotes e fiéis chineses, "oficiais" ou "clandestinos", que administram
os vários portais.
Alguns haviam inserido o texto em chinês, simplificado logo
após sua publicação, mas receberam a visita de alguns representantes do governo que
os "convenceram" a eliminá-la. Segundo um sacerdote que pediu o anonimato, por segurança,
essa proibição "prova como é verdade aquilo que o papa escreveu a propósito da influência
do governo nos assuntos religiosos". Ao mesmo tempo, isso "demonstra que a Igreja
na China não goza de plena liberdade religiosa".
Segundo a AsiaNews, entretanto,
o texto do papa chegou às comunidades católicas chinesas: fontes da agência missionária
explicam que o documento foi enviado via fax ou levado em mãos, ou ainda descarregado
da Internet, graças a sites camuflados que conseguiram driblar a censura governativa.
(MZ)