Viver a liberdade no amor, e no serviço aos outros: convite de Bento XVI antes da
recitação do Angelus. Apelo do Papa á libertação de todas as pessoas sequestradas.
(1/7/2007) Nas palavras proferidas antes da recitação do Angelus com os milhares
de fiéis congregados na Praça de São Pedro, Bento XVI partindo das leituras bíblicas
da Missa deste Domingo meditou sobre o tema fascinante da liberdade e sequela de Cristo.
Salientando que Jesus, na obediência ao Pai realiza a própria liberdade, como opção
consciente motivada pelo amor, o Papa acrescentou que Ele não viveu a sua liberdade
como arbítrio ou como domínio; viveu-a como serviço. Desta maneira encheu de conteúdo
a liberdade, que caso contrario permaneceria vazia possibilidade de fazer ou não fazer
algo. O Apóstolo Paulo, escrevendo ao Gálatas diz: “Vós irmãos fostes chamados
á liberdade. Não tomeis porém a liberdade como pretexto para servir a carne. Pelo
contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade”. Viver segundo a carne
– explicou depois Bento XVI – significa seguir a tendência egoísta da natureza humana.
Viver segundo o Espírito pelo contrário é deixar-se guiar nas intenções e nas obras
pelo amor de Deus que Cristo nos deu. A liberdade cristã é portanto algo muito diferente
da arbitrariedade: é sequela de Cristo no dom de si mesmo até ao Sacrifício da Cruz.
A concluir, o Papa convidou a olhar para Maria, pedindo-lhe que com a sua atenção
materna nos ajude a seguir Jesus, para conhecer a verdade e viver a liberdade no
amor
Depois da oração mariana do Angelus, Bento XVI quis unir-se uma vez mais
á dor do povo colombiano funestado pelo ódio fratricida. “Da Colômbia chega a triste
noticia do bárbaro assassínio de onze deputados regionais do departamento do Vale
del Cauca, que durante mais de cinco anos permaneceram nas mãos das Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia. Enquanto elevo orações de sufrágio, uno-me á profunda
dor dos familiares e da amada Nação colombiana, uma vez mais funestada pelo ódio fratricida.
Renovo o meu premente apelo para que cessem imediatamente todos os sequestros e sejam
restituídos ao afecto dos seus queridos todos aqueles que ainda são vitimas de tais
formas inadmissíveis de violência”