SERÁ PUBLICADA, NESTE SÁBADO, A CARTA DO PAPA AOS CATÓLICOS DA CHINA
Cidade do Vaticano, 29 jun (RV) - Será publicada amanhã, sábado, a carta do
papa aos bispos e presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja
Católica na República Popular da China. Foi o que divulgou a Sala de Imprensa da Santa
Sé.
A decisão de enviar uma carta aos católicos da China fora anunciada no
dia 20 de janeiro último, ao término de uma reunião de dois dias, no Vaticano, para
analisar os problemas eclesiais mais graves e urgentes da Igreja na China, primeiros
dos quais, a liberdade religiosa.
A reunião, presidida pelo cardeal secretário
de Estado, Tarcisio Bertone, havia sido convocada por Bento XVI, "no desejo de aprofundar
o conhecimento da situação da Igreja católica na China Continental". Participaram
do encontro alguns representantes do Episcopado chinês (Hong Kong, Macao e Taiwan)
e alguns que _ por parte da Santa Sé _ seguem a questão mais de perto.
Durante
os trabalhos _ havia divulgado, então, a Sala de Imprensa da Santa Sé _ se havia tomado
conhecimento, "com profundo reconhecimento, do luminoso testemunho, oferecido por
bispos, sacerdotes e fiéis, os quais, sem ceder a pactos, mantiveram sua fidelidade
à Sé de Pedro, por vezes também à custa de graves sofrimentos".
Com particular
alegria, se havia constatado que "hoje, a quase totalidade dos bispos e dos sacerdotes
está em comunhão com o papa". Além disso, "se havia constatado com surpresa _ ressaltava
o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé _ o crescimento numérico da comunidade
eclesial que, também na China, é chamada a ser testemunha de Cristo, a olhar avante,
com esperança, e a confrontar-se, no anúncio do Evangelho, com os novos desafios que
a sociedade está afrontando".
Ao término do encontro, os participantes haviam
manifestado "o desejo de prosseguir no caminho de um diálogo respeitoso e construtivo,
com as autoridades governamentais, para superar as incompreensões do passado". E faziam
votos de que se chegasse o mais brevemente possível, ao restabelecimento das relações
diplomáticas entre o Vaticano e a China, "a fim de permitir a pacífica e frutuosa
vida da fé na Igreja, e trabalhar juntos, pelo bem do povo chinês e pela paz no mundo".
O
papa _ informado sobre as propostas surgidas no decorrer desse encontro, havia, então,
anunciado sua intenção de endereçar uma carta aos católicos da China. (RL)