2007-06-29 15:31:04

Papa saúda Delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, e pede que se superem preconceitos e incompreensões


(29/6/2007) Superar os preconceitos e as incompreensões para chegar á plena unidade entre católicos e ortodoxos, de maneira a poder também aproximar-se da mesma mesa eucarística. Este o desejo manifestado esta sexta feira por Bento XVI durante a audiência á delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, presente em Roma para a festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
O Papa quis recordar o caloroso acolhimento que lhe foi reservado no fanar de Istambul o ano passado por ocasião da festa de Santo André, e o inesquecível encontro com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I.
O abraço de paz trocado entre nós durante a Divina Liturgia – recordou – permanece um sigilo e um empenho para a nossa vida de pastores na Igreja, pois estamos todos persuadidos de que o amor recíproco é condição previa para chegar àquela unidade plena na fé e na vida eclesial para a qual estamos encaminhados com confiança. Para isto tendem na verdade as nossas iniciativas comuns - acrescentou - isto é a intensificar os sentimentos e as relações de caridade entre as nossas Igrejas e entre os vários fiéis, de maneira a superar aqueles preconceitos e aquelas incompreensões que derivam de séculos de separação para enfrentar, na verdade mas com espírito fraterno, as dificuldades que impedem ainda que nos aproximemos da mesma mesa eucarística .
Segundo Bento XVI a impossibilidade actual de poder concelebrar a única Eucaristia do Senhor é um sinal que ainda não há comunhão plena; é uma situação que queremos com decisão e lealdade, procurar superar. É com prazer que verificamos que o diálogo teológico retomou o seu caminho com vigor e espírito renovado.
Bento XVI sublinhou a importância da reunião no próximo Outono da Comissão Mista Internacional em Ravena, para continuar o estudo sobre uma questão central e determinante como é aquela das consequências eclesiologicas e canónicas da estrutura sacramental da Igreja, em particular da colegialidade e da autoridade na Igreja.
Contudo a procura da unidade plena não pode limitar-se ás relações fraternas entre os Pastores e ao trabalho embora de grande empenho da Comissão Mista para o diálogo teológico é necessário também o envolvimento, sob formas diferentes, do inteiro corpo das nossas Igrejas. O Papa citou a actividade das faculdades teológicas e dos Institutos de pesquisa e ensino, os contactos pessoas e culturais entre os jovens estudantes, a formação catequética das novas gerações, sem contudo esquecer os problemas e os obstáculos que ainda impedem a plena comunhão entre nós.
Bento XVI recordou também a sua iniciativa do Ano Paulino, ano jubilar para o bimilenário do nascimento de São Paulo. Também esta, estou certo – concluiu – constituirá uma ocasião quanto mais oportuna para promover momentos de oração, encontros de estudo e gestos de fraternidade entre católicos e ortodoxos.








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