2007-06-23 19:14:29

LIBERTADO NA CHINA, DOM JIA ZHIGUO, BISPO DA IGREJA CATÓLICA "CLANDESTINA"


Pequim, 23 jun (RV) – Retornou ontem, à sua casa, depois de 17 dias em isolamento, em uma caserna, Dom Julius Jia Zhiguo, bispo de Zhengding, da Igreja Católica "clandestina", que fora novamente detido no dia 5 de junho. Essa última detenção pode estar ligada à iminente publicação da prometida carta do papa aos católicos chineses.

Fontes da agência missionária de notícias _ AsiaNews _ confirmaram que ontem à tarde, o bispo retornou à sede episcopal de Zhengding, província de Hebei, após 17 dias de incomunicabilidade.

As fontes da AsiaNews afirmam que, desta vez, o bispo _ de 73 anos de idade _ não foi interrogado nem sofreu qualquer tipo de pressão. Permaneceu isolado e sob vigilância, em uma caserna de Zanhuang, sempre na província de Hebei.

Nas outras vezes em que foi detido, ele foi interrogado e pressionado, para aderir à Associação Católica Patriótica, que seria a Igreja Católica oficialmente reconhecida na China. A Associação Católica Patriótica recebe orientações e diretrizes do PC chinês e não presta obediência ao papa ou à Igreja de Roma. Paralelamente, existe a Igreja Católica "clandestina", cujo clero e fiéis são perseguidos, porque permanecem fiéis ao papa e à Santa Sé.

Esta foi a nona vez que Dom Julius Jia Zhiguo foi detido, desde 2004. A motivação desta última detenção não é clara, mas um especialista da AsiaNews diz que poderia se tratar de uma "provocação", em vista da iminente publicação da carta de Bento XVI aos católicos chineses. Ao que tudo indica, as autoridades temem que a carta do pontífice possa provocar incidentes e tensões.

A província de Hebei è uma das mais atingidas pela perseguição anticatólica levada a cabo pelo regime chinês, porque, na região, há uma grande concentração de católicos "clandestinos".

A última detenção de Dom Jia Zhiguo antes desta, data de novembro de 2005. No passado, ele transcorreu 20 anos na prisão. Desde que foi libertado, está sempre sob o estreito controle da polícia, que limita fortemente, sua atividade pastoral: ele não pode visitar os fiéis de sua diocese e tampouco ministrar a Unção dos Enfermos aos fiéis católicos moribundos. (AF)








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