Genebra, 20 jun (RV) - Depois de muitos fracassos, se consegue entrever a esperança,
no caminho do desarmamento. Está reunido em Genebra, Suíça, o grupo de 25 peritos
governamentais, instituído em 2005, pela assembléia geral da ONU, para combater a
proliferação das armas convencionais.
Na ordem do dia, a proibição das chamadas
"bombas de fragmentação", armas letais para as populações envolvidas em conflitos.
A propósito, o observador permanente da Santa Sé junto às agências da ONU em Genebra,
Dom Silvano Tomasi, falou na sessão inaugural do grupo, que permanecerá reunido até
sexta-feira próxima.
Segundo Dom Tomasi, "registra-se a vontade de chegar a
uma negociação séria, que obrigue os países a reduzir e, eventualmente, a eliminar
este tipo de arma que faz tantos danos à população civil e faz numerosas vítimas em
vários países do mundo. A proposta que está em andamento é a de chegar a um novo protocolo
obrigatório, que seria o sexto da Convenção sobre a Proibição ou Restrição do Uso
de Armas Convencionais e de Efeito Indiscriminado".
Acerca do papel desempenhado
pela Santa Sé na negociação, Dom Tomasi respondeu que a "Santa Sé reitera sua posição
de proteger, em primeiro lugar, a população civil; e ainda sua posição em favor da
eliminação desse tipo de arma e de apoio ao caminho que a comunidade internacional
está percorrendo, para chegar a um instrumento que obrigue os Estados a eliminarem
essas bombas de fragmentação".
Numerosos _ embora não a totalidade _ são os
países concordes com a posição da Santa Sé. Esses países preferem agir no contexto
das estruturas normais da Conferência sobre o Desarmamento, do grupo de Estados que
assinaram essa convenção _ a CCW. Se for possível, querem levar _ também através de
atividades paralelas, como se fez nos últimos meses, numa conferência em Oslo, outra,
em Lima, e uma próxima, a se realizar em Genebra, com a participação de 60 a 70 Estados
_ os grandes países a se unirem, nesse esforço de encontrar uma solução positiva.
(MJ)