2007-06-13 14:45:28

Sudão aceita força de paz híbrida ( União Africa - ONU) em Darfur


(13/6/2007) O Sudão aceitou, finalmente, o envio de uma força conjunta da União Africana (UA) e da ONU para o Darfur, região situada junto à fronteira com o Chade e que tem sido palco de um conflito que já provocou 200 mil mortos e dois milhões de deslocados.
O inesperado volte-face de Cartum foi ontem anunciado em Adis Abeba, a capital da Etiópia que alberga a sede da UA, no final de uma reunião que juntou Sudão, União Africana e Nações Unidas.
"A operação proposta vai contribuir para a estabilização da situação no Darfur, nas suas dimensões políticas, humanitárias e securitárias", precisou Said Djinnit, responsável do Comité para a Paz e Segurança da União Africana, acrescentando que as três partes consideraram necessário "um cessar-fogo imediato e completo", seguido de "um processo político inclusivo".
Embora o acordo alcançado em Adis Abeba, não tenha sido revelado, sabe-se, desde já, que a força conjunta da UA e da ONU deverá ter entre 17 a 19 mil efectivos, que irão absorver o contingente de sete mil homens que a União Africana enviou para o Darfur, desconhecendo-se, contudo, quem é que os irá liderar.
Apesar disso, sabe-se também que o Sudão aceitou - um dia depois do novo ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Bernard Kouchner, ter visitado Cartum - o princípio de que esta força poderá integrar militares de outros continentes caso se demonstra que é impossível reunir mais tropas africanas.
O que significa que a União Africana e a ONU (que terá de aprovar uma nova resolução sobre o Darfur) poderão reforçar já em Agosto o contingente que se encontra no terreno, permitindo que o resto da força só chegue no início do próximo ano.








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