2007-06-10 15:37:28

BENTO XVI AGRADECE AOS BISPOS DO NORTE DA ÁFRICA PELO CORAJOSO TESTEMUNHO EVANGÉLICO E PELO DIÁLOGO COM OS MUÇULMANOS


Cidade do Vaticano, 09 jun (RV) - É necessário um diálogo profícuo com o mundo islâmico, para a promoção da justiça e da paz: foi o que reiterou o papa, ao receber em audiência, esta manhã, os bispos da Conferência Episcopal Regional do Norte da África, em visita "ad Limina". O organismo compreende as Igrejas dos quatro países do Magreb: Argélia, Tunísia, Líbia e Marrocos.

A título de curiosidade: o continente africano tem duas sub-regiões claramente delimitadas: a África Branca, ou Setentrional, e a Negra, ou Subsaariana. O limite natural entre ambas é o deserto do Saara. Os seis países da África Branca têm características físicas e humanas semelhantes às do Oriente Médio. Seu clima é desértico, e a região é ocupada desde o século VII por povos árabes, responsáveis pela difusão do Islamismo e da língua e da cultura árabes. A porção mais ocidental, conhecida como Magreb ("poente", em árabe), compreende o Marrocos, a Argélia e a Tunísia. Os outros três são Líbia, Egito e Djibuti.

O pontífice saudou com afeto, as comunidades eclesiais do Norte da África, ressaltando o corajoso testemunho dado pela pequena minoria cristã, entre provas e dificuldades, nessa região quase inteiramente muçulmana. Uma situação que requer "comumente, um grande sentido eclesial e profundas convicções espirituais" no esforço de "edificar uma sociedade sempre mais fraterna e mais justa".

Bento XVI convidou a seguir o exemplo do bem-aventurado Charles de Foucauld, autêntica testemunha "da fraternidade universal que Cristo ensinou a seus discípulos". Charles de Foucauld chegou àquelas terras, para anunciar o amor de Cristo através da Eucaristia, "encontro pessoal com o Senhor". E é justamente colocando a Eucaristia no centro da vida, tanto na missa quanto na adoração, que se podem "romper as barreiras... que nos separam uns dos outros" _ argumentou o papa.

O Santo Padre reiterou a necessidade do diálogo inter-religioso, retomando quanto havia dito aos embaixadores dos países muçulmanos, em setembro do ano passado: "Precisamos absolutamente de um diálogo autêntico entre as religiões e entre as culturas, um diálogo capaz de nos ajudar a superar juntos, todas as tensões, num espírito de profícuo entendimento". (RL)







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