2007-06-10 18:47:32

APELO DO PAPA, NO ANGELUS, PELA LIBERTAÇÃO DE TODAS AS PESSOAS SEQÜESTRADAS NO MUNDO


Cidade do Vaticano, 10 jun (RV) - No Angelus desta manhã, Bento XVI condenou duramente todos aqueles que se valem do execrável meio do seqüestro de pessoas, para obter seus fins, e dirigiu um caloroso apelo aos autores dos seqüestros, em todo o mundo, a fim de que libertem imediatamente as pessoas em suas mãos. Da janela de seus aposentos, que se abre para a Praça São Pedro, o Santo Padre se dirigiu aos milhares de fiéis e peregrinos presentes, dizendo...

"Chegam a mim, infelizmente com muita freqüência, solicitações para que eu me interesse pela sorte de algumas pessoas, entre as quais, também sacerdotes católicos, mantidos como reféns, por diversos motivos e em várias partes do mundo. Trago todos em meu coração e os tenho presentes em minhas orações, pensando, entre outros, no doloroso caso da Colômbia. Dirijo o meu caloroso apelo aos autores de tais atos execráveis, para que tomem consciência do mal perpetrado, e restituam, o mais breve possível, ao afeto de seus entes queridos, as pessoas que mantêm como reféns. Confio as vítimas dos seqüestros à materna proteção de Maria Santíssima, Mãe de todos os homens."

Na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus, reportando-se à solenidade de Corpus Christi que, em alguns países, como a Itália, por exemplo, se celebra hoje, o papa recordou que a festa de "Corpus Christi nos convida a contemplar o sumo mistério da nossa fé: a Santíssima Eucaristia, presença real do Senhor Jesus Cristo no Sacramento do altar".

"Todas as vezes que o sacerdote renova o sacrifício eucarístico, na oração da consagração, ele repete: "Este é o meu corpo... este é o meu sangue"... E o faz _ precisou o papa _ emprestando a própria voz, as mãos e o coração a Cristo, que quis permanecer conosco e ser o coração vivo da Igreja.(...) Existe um laço intrínseco entre a celebração e a adoração. A santa missa, de fato, é, em si mesma, o mais elevado ato de adoração da Igreja. "Ninguém come desta carne _ escreveu Santo Agostinho _ sem antes adorá-la." A adoração, fora do momento da missa, prolonga e intensifica o ato da celebração litúrgica e torna possível um acolhimento verdadeiro e profundo, de Cristo."

Recordando, a seguir, a procissão eucarística que marca a solenidade de Corpus Christi, o pontífice aproveitou a oportunidade para recomendar a prática da adoração eucarística...

"Gostaria de aproveitar a oportunidade oferecida pela solenidade de Corpus Christi _ disse o pontífice _ para recomendar, vivamente, a todos os pastores e a todos os fiéis, a prática da adoração eucarística. Exprimo meu apreço aos Institutos de Vida Consagrada, assim como às associações e confrarias que se dedicam a essa adoração, de modo especial. Eles oferecem a todos, um convite à centralidade de Cristo em nossa vida pessoal e eclesial."

Prosseguindo, o papa manifestou sua alegria por constatar que "muitos jovens estão descobrindo a beleza da adoração pessoal e comunitária" e convidou os sacerdotes a encorajarem esses grupos juvenis, mas também a segui-los, a fim de que as formas de adoração comunitária sejam sempre "apropriadas e dignas", "com adequados momentos de silêncio e de escuta da Palavra de Deus".

"Na vida de hoje _ ressaltou Bento XVI _ freqüentemente rumorosa e dispersiva, é importante, mais do que nunca, recuperar a capacidade de silêncio interior e de recolhimento. A adoração eucarística permite fazê-lo, não apenas em torno do "eu", mas também em companhia daquele "Tu" repleto de amor que é Jesus Cristo, o "Deus que está próximo de nós"."

Que a Virgem Maria _ Mulher eucarística _ concluiu o Santo Padre _ nos introduza no segredo da verdadeira adoração. O seu coração humilde e simples, estava sempre recolhido em torno do mistério de Jesus, no qual Ela adorava a presença de Deus e de Seu amor redentor. Que, por sua intercessão _ implorou o pontífice _ cresça, em toda a Igreja, a fé no mistério eucarístico, a alegria de participar da santa missa, especialmente aos domingos, e o impulso a testemunhar a imensa caridade de Cristo.

Ao término da oração mariana do Angelus, o papa saudou os milhares de fiéis e peregrinos que se encontravam reunidos na Praça, dirigindo-se a eles em seus respectivos idiomas. A seguir, concedeu a todos a sua bênção apostólica. (AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.