2007-06-06 16:14:07

BENTO XVI AO G-8: LUTA CONTRA A POBREZA DEVE SER PONTO CENTRAL DA AGENDA DE TRABALHOS


Cidade do Vaticano, 05 jun (RV) - Bento XVI pede que o ponto central do encontro do G-8 (os sete países mais industrializados do mundo e mais a Rússia) seja a luta contra a pobreza no mundo. O encontro se inicia nesta quarta-feira, em Heiligendamm, na Alemanha.

O apelo do Papa está contido numa carta enviada, em dezembro passado, à chanceler alemã, Angela Merkel, quando ela iniciava a presidência alemã de turno, da União Européia, e em vista deste próximo encontro.

Para o Santo Padre, o objetivo de eliminar a pobreza extrema até 2015 é um dos mais importantes desafios do nosso tempo. E nisso _ afirma _ o G-8 deve desempenhar um papel-guia. Mas a Santa Sé está preocupada "com a incapacidade dos países ricos, de oferecer aos países pobres, em particular os da África, adequadas condições financeiras e comerciais, capazes de tornar possível a promoção de um seu desenvolvimento duradouro".

É preciso garantir aos países pobres _ continua o Papa _ "condições comerciais favoráveis" e "um acesso amplo e sem reservas aos mercados". Para Bento XVI é necessário tomar "providências em favor de um rápido perdão, completo e incondicionado, da dívida externa" desses países, tomando, ao mesmo tempo, medidas a fim de que "não acabem novamente numa situação de dívida insustentável".

Bento XVI exorta os países industrializados a respeitarem os compromissos assumidos, para erradicar a pobreza e as pandemias, em particular a AIDS, a tuberculose, a malária e as outras doenças tropicais, "sem, por isso, fazer exigências jurídicas ou econômicas".

A seguir, o Santo Padre afirma com veemência que "a comunidade internacional deve continuar atuando em prol de uma redução significativa do comércio de armas... do tráfico ilegal de matérias-primas preciosas e da fuga de capital dos países pobres, e deve comprometer-se em favor da eliminação das práticas de lavagem de dinheiro, assim como da corrupção de funcionários públicos, nos países pobres".

Trata-se de metas ligadas "indissoluvelmente, à paz e à segurança no mundo" _ ressalta o pontífice em sua mensagem a Angela Merkel. (RL)







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