2007-06-05 20:13:37

DIRETORIA DA RÁDIO VATICANO ABSOLVIDA EM SEGUNDO GRAU, DA ACUSAÇÃO DE POLUIÇÃO ELETROMAGNÉTICA


Cidade do Vaticano, 05 jun (RV) - Dois dos mais altos dirigentes da Rádio Vaticano, condenados em 2005, por poluição eletromagnética, foram absolvidos ontem, em sentença de segundo grau, pelo Tribunal de Recursos, de Roma.

A Justiça italiana recebeu, em 2001, uma queixa dos habitantes de Cesano, ao norte da capital italiana, acusando as emissões radiofônicas da Rádio Vaticano de serem a causa de casos de leucemia e de perturbações graves para a saúde.

Em 2001, investigações do Ministério do Meio Ambiente italiano revelaram a existência de campos magnéticos fora da norma e amplamente superiores aos 6 volts por metro _ quantidade máxima autorizada _ em 11 dos 14 locais sujeitos à inspeção.

Um relatório da Agência da Saúde Pública da região do Lácio, região que engloba o município de Roma, revelou também, ter constatado, na área de Cesano, uma taxa de mortalidade infantil, em virtude de leucemia, três vezes superior à de outras áreas em torno da capital.

Em maio de 2005, o presidente da Comissão de Gestão da Rádio Vaticano, Cardeal Roberto Tucci, e o então diretor-geral da emissora, o jesuíta Pe. Pasquale Borgomeo, foram condenados a dez dias de prisão, com pena suspensa, por poluição eletromagnética.

A sentença foi impugnada pela Rádio Vaticano, que recorreu da mesma, perante a Corte de Apelação, de Roma. A primeira audiência de segundo grau realizou-se no dia 12 de dezembro de 2006. O procedimento concluiu-se com a sentença de ontem, que absolveu os acusados, dando por aceito o recurso impetrado pela Rádio Vaticano.

Satisfeita com o êxito desta segunda sentença, a diretoria da Rádio, através de seu atual diretor-geral, Pe. Federico Lombardi, emitiu, ontem, o seguinte comunicado: "Como explicamos numerosas vezes, nestes anos e como foi reiterado pela defesa, no curso do processo, a Rádio Vaticano sempre desempenhou suas atividades no âmbito dos acordos internacionais existentes com a Itália, relativos a Centro transmissor de Santa Maria di Galleria e, no que diz respeito à proteção da população, sempre se ateve às recomendações internacionais em matéria de emissões eletromagnéticas, mesmo antes da existência de legislação italiana nesse sentido e, a partir de 2001, após o acordo com o governo italiano, respeita atentamente, os limites previstos pela nova normativa italiana, atualmente em vigor, como o demonstram as medições efetuadas por ordem da Comissão bilateral das instituições públicas italianas mais competentes e aparelhadas em matéria. Não existe, portanto, nenhum motivo fundado, para se pensar que a atividade da Rádio Vaticano tenha sido, de fato, nociva, no passado, e possa ser, hoje, motivo de preocupação para a população circunstante" ao Centro de Santa Maria di Galleria. (CM)







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