PAPA PROCLAMA NESTE DOMINGO QUATRO NOVOS SANTOS: VIVERAM NO SIGNO DO AMOR A CRISTO
E AO PRÓXIMO
Cidade do Vaticano, 02 jun (RV) - Amanhã, domingo, Bento XVI proclamará santos,
os bem-aventurados Giorgio Preca, Szymon z Lipnicy, Karel van Sint Andries Houben,
e Marie Eugénie de Jésus Milleret. A celebração se realizará na Praça São Pedro, às
10h locais.
A Rádio Vaticano transmitirá a celebração, ao vivo, via satélite,
para todo o Brasil e demais países de língua portuguesa cujas emissoras nos retransmitem,
a partir das 4h50 (dez para as cinco da manhã), horário de Brasília.
"Salutis
omnium sitibundus", "Sedento de salvação para todos": assim foi definido Szymon z
Lipnicy, sacerdote polonês, incansável pregador que amava dedicar tempo ao estudo
e à oração, sem deixar de dedicar-se ao próximo. Religioso dos Frades Menores, viveu
no Séc. XV, quando na Polônia a peste se difundia largamente. Junto aos confrades
socorria os doentes e confortava os moribundos, administrando os sacramentos e anunciando
a consoladora Palavra de Deus. Permanecendo ao lado das vítimas da peste, foi contagiado
e na hora da morte não tirou seus olhos da Cruz.
Deve-se, por sua vez, à francesa
Marie Eugénie de Jésus Milleret, no século XIX, a fundação do Instituto das Irmãs
da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria, congregação apostólica e ao mesmo tempo
profundamente contemplativa. Marie Eugénie a fundou logo após a Revolução francesa,
quando, se dando conta de que era necessário reconstruir um mundo cristão segundo
o Evangelho, entende que a Igreja deve dedicar-se à educação cristã das jovens. Via
o mundo como um lugar de revelação de Deus e um lugar para dar-Lhe glória e foi a
pregação de padre Lacordaire, na catedral parisiense de Notre Dame, que a induziu
a consagrar todas as suas forças à Igreja. A sua figura ensina que a verdadeira herança
da humanidade é colaborar para a realização de novos céus e nova terra.
Holandês,
sacerdote passionista, Karel van Sint Andries Houben, falecido em 1893, lançou, com
seu exemplo, um forte convite à fidelidade a Cristo, também a custa da própria vida.
Tinha uma grande devoção à Paixão e a ele acorriam centenas de pessoas de todos as
estratificações sociais, em busca de ajuda nas dificuldades e de respostas nos momentos
de dúvida e de provação. Carregava sempre consigo um pequeno Crucifixo, apertava-o
na mão esquerda e de vez em quando o contemplava, como se quisesse recordar que a
Paixão de Cristo não é uma abstração, nem um mero evento histórico, mas um evento
real e presente.
Giorgio Preca, sacerdote maltês, viveu entre os séculos XIX
e XX. Foi o fundador da Sociedade da Doutrina Cristã. Sua vida foi caracterizada por
um forte impulso a dedicar-se à catequese para os leigos, vara valorizar também o
papel do leigo na evangelização. Morreu piamente em Santa Venera, em Malta, em julho
de 1962. Foi Beatificado em Malta por João Paulo II em maio de 2001. Encontrou inspiração
na exortação do Apóstolo Paulo a Timóteo: "O que ouvistes de mim na presença de muitas
testemunhas, confia-o a homens fiéis, que por sua vez sejam capazes de instruir a
outros" (II Tim 2,2). Promoveu a devoção ao mistério da Encarnação e propagou a veneração
das palavras "Verbum Dei caro factum est" (O verbo de Deus se fez carne, ndr) e o
culto das Cinco Chagas de Nosso Senhor. Sua espiritualidade está baseada na retidão
de intenção, na humildade e mansidão. (RL)