Uma autêntica atitude religiosa não pode ser fonte de divisão ou de violência, pelo
contrário: Bento XVI, recebendo cinco novos Embaixadores
(1/6/2007) Trata-se de representantes diplomáticos provenientes de três diferentes
continentes: Burundi e Sudão – da África, Paquistão – da Ásia, e Islândia e Estónia
– na Europa. Esta diversidade – observou o Papa – fornece a imagem de um “mundo
que, de norte a sul, do leste ao oeste, se preocupa com relações cada vez mais estreitas,
para construir uma sociedade onde valha a pena viver.
“No mundo actual,
é mais do que nunca importante fortalecer os elos que unem os países, reservando especial
cuidado às nações mais pobres. De facto, não é possível utilizar impunemente as riquezas
dos países mais pobres, sem que estes últimos possam ter parte no crescimento mundial.
É dever das Autoridades de todos os países trabalharem conjuntamente por uma melhor
repartição das riquezas e dos bens do planeta. Uma tal colaboração terá também repercussões
no que diz respeito à solidariedade, à paz e à vida fraterna no seio dos países e
entre eles”.
Neste contexto, o Papa vez “votos a favor de um renovado empenho
de todas as nações, nomeadamente das mais ricas, para que todos os homens tenham consciência
da sua responsabilidade na matéria e aceitem transformar o seu modo de vida em vista
de uma partilha cada vez mais justa”.
Finalmente, referindo-se à parte
(de responsabilidade) que toca às religiões, Bento XVI observou que “estas têm o dever
de formar os seus membros num espírito de relações fraternas entre todos os habitantes
do mesmo país, com uma atenção respeitosa para com todos os homens”.
"Ninguém
pode ser objecto de discriminação ou marginalizado devido às suas convicções e à sua
prática religiosas, que são elementos fundamentais da liberdade das pessoas. As sociedades
honram-se protegendo estes direitos essenciais, manifestando assim a atenção que reservam
à dignidade de cada ser humano.Por outro lado, uma autêntica atitude religiosa não
pode ser fonte de divisão ou de violência entre as pessoas e entre as comunidades
humanas. Pelo contrário, ela está na base da consciência de que cada pessoa é um irmão
a proteger e a fazer crescer”