(25/5/2007) Imigrantes, muçulmanos, judeus, ciganos e negros. Estes são os principais
grupos vítimas de racismo nos dias de hoje, na União Europeia (UE), segundo os dados
relativos a 2006, divulgados pela Comissão contra o Racismo e Intolerância (ECRI),
em Paris. A luta contra o terrorismo foi uma das principais causas apontadas pela
comissão para explicar este clima.Os ciganos e os negros são, segundo o documento,
os grupos em pior situação. O organismo lamenta as violações dos direitos humanos
sofridas pelos ciganos, que são "vítimas de racismo em toda a Europa" e lamenta também
que a discriminação dos negros exista ainda "em vários países europeus".A ECRI mostrou-se
inquieta com a "intensificação do clima de hostilidade" a muçulmanos e o anti-semitismo
"cada vez mais frequente em numerosos países da Europa". "A situação das formas contemporâneas
de racismo e de discriminação racial é complexa e inquietante", diz o documento.A
comissão refere a importância de uma estratégia "global, colectiva e solidária" entre
os países da UE. "É preocupante o clima negativo na opinião pública" em relação às
minorias, "alimentado por sectores dos media e também pela utilização de argumentos
racistas e xenófobos no discurso político", acrescenta o texto.O relatório chama ainda
a atenção para o problema fundamental da luta contra o terrorismo, que leva à adopção
de legislação directa ou indirectamente discriminatória.