GRUPOS SOCIAIS CRITICAM CAMPANHA DE EMPRESAS DE TV CONTRA A DECISÃO DE CHÁVEZ
Cidade do México, 25 mai (RV) - Um grupo de intelectuais, personalidades públicas
e ONGs do México criticaram ontem, uma campanha lançada no país, contra a decisão
do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de não renovar a concessão de funcionamento
à cadeia RCTV.
A campanha da Câmara da Indústria de Rádio e Televisão (CIRT)
é uma "aberta e escandalosa ingerência nos assuntos internos venezuelanos" _ afirma
uma mensagem, publicada ontem, pela imprensa mexicana.
O texto é assinado por
24 associações e mais de uma centena de personalidades públicas, entre as quais, o
bispo emérito de San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México, Dom Samuel Ruiz García,
pelo ex-vice-chanceler, Gustavo Iruegas, e pelo ativista, Raúl Álvarez Garín.
A
campanha da CIRT, que desencadeou essa reação, está sendo veiculada pela rádio e televisão
mexicanas, afirmando que a decisão de Chávez "atenta à liberdade de pensamento e de
expressão".
Para os signatários do documento publicado ontem, entretanto, a
decisão do chefe de Estado venezuelano, de não renovar a licença à Rádio Caracas TV
(RCTV), é um ato legal e legítimo, e nada tem de excepcional".
Todavia, organizações
como a Anistia Internacional e a Sociedade Interamericana de Imprensa qualificaram
a decisão de Chávez, de não renovar a licença à RCTV como "atentado à liberdade de
expressão". (AF)