(25/5/2007) A Rede Europeia de Patrulhas Costeiras, coordenada pela Agência para
o Controlo das Fronteiras Externas da União Europeia (Frontex) , já está a operar
em águas do Mediterrâneo e do Atlântico, para reforçar o controlo das fronteiras marítimas
do Sul da Europa no âmbito do combate à imigração ilegal.O número de imigrantes de
países pobres a viver ilegalmente na União Europeia supera os dez milhões de pessoas,
sendo Espanha o país que mais imigrantes acolhe.A operação visa travar os crescentes
fluxos migratórios que têm chegado aos países do Mediterrâneo, não só para salvaguardar
o sistema Schengen como também para prevenir mais tragédias, designadamente as várias
mortes de imigrantes que tentam alcançar as costas da UE. Nesta primeira tentativa
de Bruxelas para implementar um sistema conjunto de vigilância das fronteiras marítimas
do Sul da Europa participam Portugal, Espanha, França, Itália, Eslovénia, Grécia,
Chipre e Malta. Para já, os meios utilizados nas patrulhas vão ser estritamente nacionais,
porque o dispositivo comum de meios oferecidos pelos 27 estados-membros à Frontex
(aviões, helicópteros, navios e equipamentos técnicos) ainda não está operacional.
No caso de Espanha, só este mês foram repatriados mais de 750 imigrantes ilegais,
incluindo 30 crianças. Em 2006, mais de 30 mil imigrantes foram apanhados enquanto
tentavam atingir território espanhol. A maior parte dos indivíduos é proveniente do
oeste de África e muitos não conseguem sobreviver à travessia.