2007-05-22 18:35:07

PAPA PEDE REFORÇO DA DEMOCRACIA EM TIMOR-LESTE COM BASE NOS VALORES CRISTÃOS E NO PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE SOCIAL


Cidade do Vaticano, 21 mai (RV) - A "cultura da solidariedade" contraposta ao eterno confronto político, para abrir o país a um real horizonte de democracia. São os votos de Bento XVI para Timor-Leste, o pequeno Estado que se tornou independente da Indonésia em 2001, e que, no dia 11 do corrente, teve o Prêmio Nobel da Paz _ Ramos Horta _ eleito como seu novo presidente.

O papa se deteve sobre a situação de Timor-Leste, ao receber em audiência, esta manhã, no Vaticano, o novo embaixador desse Estado junto à Santa Sé, Justino Maria Aparício Guterres, para a apresentação de suas credenciais. Na ocasião, o diplomata renovou o convite a Bento XVI, a visitar a pequena nação asiática, cuja população é composta de 86% de católicos.

"Que a memória daqueles dias trágicos" torne governo e oposição de Timor-Leste particularmente solícitos a "empreender a estrada do diálogo e da colaboração, evitando a tentação de abandonar-se" ao confronto político com o adversário, "não somente porque é moralmente inaceitável, mas também porque essa atitude se revela sempre nociva para a consolidação de uma correta dialética democrática e para o desenvolvimento de todos os cidadãos do país."

Essa é uma das passagens do discurso dirigido pelo pontífice ao novo embaixador timorense, que melhor revela a participação do papa na história recente da ex-colônia portuguesa, até hoje marcada pela sangrenta transição que a levou a liberta-se da Indonésia.

As "numerosas exigências" de ordem habitacional, sanitária, educacional e de trabalho _ reconheceu o pontífice _ se chocam com os interesses de quem não está disposto a sacrificar os interesses de partido pelo bem comum.

Portanto _ indicou Bento XVI _ são os 400 anos de fé no Evangelho que devem ajudar a população timorense _ cuja maioria é católica _ a se fazer promotora de uma "cultura da solidariedade e de uma convivência pacífica na justiça".

"Permita-me _ disse o pontífice ao diplomata _ dirigir um veemente apelo às pessoas investidas da autoridade pública, a fim de que façam de tudo para restaurar a ordem pública eficiente, através dos meios legais, e restituir aos cidadãos, a segurança na vida diária, graças a uma renovada confiança nas legítimas instituições do Estado." (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.