A Santa Sé pede melhores cuidados médicos para as crianças
(21/5/2007) A Santa Sé manifestou a sua preocupação com a falta de cuidados médicos
adequados para as crianças de todo o mundo, o que leva à "trágica perda" de 10,5 milhões
de meninos e meninas com menos de 5 anos. Ao intervir na 60ª Assembleia Mundial
da Saúde, que decorre de 14 a 23 de Maio, o Arcebispo Silvano Tomasi lembrou que muitas
destas mortes são causadas "por doenças que são tratáveis nos adultos, mas para as
quais não há formulações ou doses terapêuticas para o uso pediátrico". O observador
permanente da Santa Sé junto das organizações da ONU sediadas em Genebra indicou que,
no caso do HIV/SIDA, apenas 15% das crianças seropositivas têm acesso aos anti-retrovirais.
"A comunidade internacional não pode fingir que não vê esta ameaça às vida ds
menores, muitos dos quais estão entre os nossos cidadãos mais necessitados, mas que
representam, também, o futuro da comunidade humana", alertou. As preocupações
da delegação da Santa Sé estenderam-se, de uma forma genérica, às pandemias da Tuberculose,
Malária, Sida e mesmo à ameaça da Gripe das Aves, frisando que "grande parte das ameaças
à saúde causadas por estas doenças podem ser enfrentadas, de forma adequada, pela
família humana". Para isso, disse D. Tomasi, é necessário "um compromisso em programas
de pesquisa sustentáveis e orientados para acção, vacinação, tratamento e educação
preventiva que respeite a lei moral natural". O representante do Vaticano deixou
uma recomendação à Organização Mundial da Saúde (OMS), para que não utilize uma recente
resolução sobre a integração da "análise de género" no trabalho da Organização para
"justificar" o aborto. "A Santa Sé deseja convidar os Estados-membros da OMS,
mais uma vez, a entender o termo ´género` como fundado numa identidade sexual bológica,
masculina ou feminina", indicou.