2007-05-20 14:34:58

Situação na Faixa de Gaza suscita veemente apelo do Papa, "em nome de Deus". Bento XVI recorda também o Dia das Comunicações Sociais


(20/5/2007) A viagem apostólica ao Brasil, a Jornada Mundial das comunicações sociais e a celebração da Ascensão do Senhor foram os temas abordados pelo Papa, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, com milhares de fiéis ali congregados para a costumada recitação da Oração mariana. Evocando “o sangrento deteriorar-se da situação” na Faixa de Gaza, Bento XVI suplicou, “em nome de Deus, que se ponha termo a esta trágica violência”. E fez apelo às partes envolvidas e à comunidade internacional para que actuem concretamente neste sentido.


O Papa começou por dar graças ao Senhor pela sua viagem apostólica ao Brasil, de 9 a 14 do corrente, agradecendo ao mesmo tempo a todos os que o acompanharam com a oração. Aludindo brevemente às diversas etapas desta sua visita, Bento XVI prometeu voltar ao assunto na próxima quarta-feira, na audiência geral, pedindo “que se continue entretanto a rezar pela Conferência que decorre em Aparecida e pelo caminho do Povo de Deus que vive na América Latina”.


Passando depois à celebração anual, neste domingo, do Dia Mundial das Comunicações Sociais, sob o tema “As crianças e os meios de comunicação: um desafio para a educação”, o Papa observou que “os desafios educativos do mundo actual se encontram muitas vezes ligados ao influxo dos mass-media, que fazem concorrência à escola, à Igreja e até mesmo à família”.


“Os pais, os professores e a comunidade eclesial são chamados a colaborar para educar as crianças e adolescentes a serem selectivos e a maturarem uma atitude crítica, cultivando o gosto pelo que é estética e moralmente válido. Mas também os meios de comunicação devem prestar o seu contributo a este empenho educativo, promovendo a dignidade da pessoa humana, o matrimónio e a família, as conquistas e as metas da civilização.
Os programas que inculcam violência e comportamentos anti-sociais ou que rebaixam a sexualidade humana são inaceitáveis, por maioria de razão se propostos aos menores. Renovo portanto o apelo aos responsáveis da indústria dos mass-media e aos agentes da comunicação social, para que salvaguardem o bem comum, respeitem a verdade e protejam a dignidade da pessoa e da família”.


Foi depois do cântico da antífona mariana do tempo pascal “Regina Coeli” que o Papa se referiu à Faixa de Gaza. “Os recontros entre facções palestinianas e os disparos de roquetes contra os habitantes das cidades israelitas vizinhas, aos quais se reagiu com a intervenção armada, estão a provocar – observou o pontífice – uma sangrenta deterioração da situação, que deixa (todos) aterrorizados.


“Uma vez mais, em nome de Deus, suplico que se ponha termo a esta trágica violência, ao mesmo tempo que desejo exprimir às provadas populações palestinianas e israelitas a minha solidária proximidade, assegurando que as recordo na oração.
Faço apelo ao sentido de responsabilidade de todas as autoridades palestinianas, para que, no diálogo e com firmeza, retomem o árduo caminho do entendimento, neutralizando os violentos. Convido à moderação o governo israelita e exorto a Comunidade internacional a multiplicar o empenho a favor do relançamento das negociações. Que o Senhor suscite e apoie os construtores de paz!”


Presentes desta vez, na Praça de São Pedro, também peregrinos de língua portuguesa, saudados expressamente pelo Santo Padre:


Saúdo também os peregrinos vindos de Portugal, das paróquias de Laveiras-Caxias e Vale da Figueira, e a comunidade brasileira em Roma, aproveitando para lhes agradecer todo o apoio espiritual e material oferecido ao meu serviço de Sucessor de Pedro. Sobre todos invoco os dons do Espírito Santo para serem verdadeiros discípulos e missionários de Jesus Cristo fazendo jorrar a sua Vida no meio das respectivas famílias e comunidades, que de coração abençoo.









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