FESTA DA ASCENSÃO NO VATICANO: A SUBIDA DE JESUS AO CÉU NOS REABRIU O CAMINHO PARA
O PARAÍSO, DIZ O PAPA
Cidade do Vaticano, 17 mai (RV) - Celebra-se hoje, no Vaticano, a solenidade
da Ascensão do Senhor ao Céu, que em alguns países, entre os quais, o Brasil, será
celebrada no próximo domingo. Recorda-se com essa festa a conclusão da permanência
visível de Deus entre os homens que levou à difusão do cristianismo no mundo.
Uma
manifestação de despedida necessária: assim é a Ascensão de Jesus, o retorno ao Pai
que completou a Redenção. "Se eu não for não virá a vós o Consolador, se ao invés
eu for, vos enviarei o Consolador", disse Jesus aos Apóstolos, segundo quanto nos
relata o evangelista João.
"Nesta festa, a comunidade cristã é convidada a
voltar o olhar para Aquele que, quarenta dias após a sua ressurreição, em meio ao
estupor dos Apóstolos 'foi elevado ao alto diante de seu olhar e uma nuvem o subtraiu
do olhar deles'. Subindo ao Céu, ele reabriu o caminho rumo à nossa pátria definitiva,
que é o paraíso. Agora, com a potência de seu Espírito, nos ajuda em nossa diária
peregrinação na terra."
Com essas palavras, no dia 8 de maio de dois anos atrás,
Bento XVI recordou o sentido da Ascensão. "Após quarenta dias desde quando se havia
mostrado aos Apóstolos sob os traços de uma humanidade ordinária, que velavam a sua
glória de Ressuscitado _ explica o Catecismo da Igreja Católica _, Cristo sobe ao
céu e senta-se à direita do Pai. Ele é o Senhor, que reina com a sua humanidade na
glória eterna de Filho de Deus e intercede ao Pai incessantemente em nosso favor.
Manda-nos o seu Espírito e nos dá a esperança de alcançá-lo um dia, tendo nos preparado
um lugar."
"Subindo para o 'alto', ele revela de modo inequívoco a sua divindade:
retorna de onde veio, isto é em Deus, após ter realizado a sua missão na terra. Ademais,
Cristo ascende ao Céu com a humanidade que assumiu e que ressuscitou dos mortos: aquela
humanidade é a nossa, transfigurada, divinizada, que se tornou eterna. Portanto, a
Ascensão revela a 'altíssima vocação' de toda pessoa humana: ela é chamada à vida
eterna no Reino de Deus, Reino de amor, de luz e de paz."
Foi o que especificou
o papa, durante o Regina Coeli de 21 de maio do ano passado; e alguns meses depois,
celebrando as Vésperas em Munique, na Alemanha, no dia 10 de setembro, precisou que
Jesus "na Ascensão não foi para nenhum lugar longe de nós". "A sua tenda, Ele mesmo
com o seu corpo _ disse o papa _ permanece entre nós como um de nós. Podemos chamá-lo
de 'você' e falar com Ele. Ele nos escuta e, se estivermos atentos, sentiremos também
que Ele responde." (*RL)