2007-05-14 19:30:39

JORDÂNIA RETIRA SEU RECONHECIMENTO AO PATRIARCA GRECO-ORTODOXO DE JERUSALÉM


Amã, 14 mai (RV) – O governo jordaniano retirou seu reconhecimento ao patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, por não ter reavido as propriedades da Igreja, vendidas, em 2005, por seu antecessor, a várias empresas israelenses.

Segundo fontes oficiais, o Executivo jordaniano decidiu não mais reconhecer o patriarca, nomeado em 2005, pelo fato de ele não ter cumprido os compromissos que assumira com o governo, há 18 meses. O governo acusa também, Teófilo III, de ter fracassado, em sua tentativa de reforçar uma lei jordaniana que data de 1958, e que define as relações entre o Patriarcado Greco-ortodoxo e os cristãos árabes da Terra Santa.

Em novembro de 2005, Teófilo III prometeu _ após ter sido confirmado como novo patriarca greco-ortodoxo _ que recuperaria as propriedades da Igreja, que haviam sido vendidas por seu predecessor no cargo, Irineus I, a empresários judeus.

Irineus I foi denunciado no início de 2005, e destituído do cargo pelos próprios greco-ortodoxos, pela venda de importantes propriedades da Igreja, localizadas na Cidade Antiga de Jerusalém, a companhias israelenses.

A Igreja Ortodoxa Grega conta cerca de 100 mil seguidores na Terra Santa, e cerca de 55% dos 250 mil cristãos que vivem na Jordânia.

O acordo de paz assinado entre Jordânia e Israel, em 1994, reconhece o direito jordaniano de velar pelas mesquitas e pelas igrejas cristãs em Jerusalém Leste, que fez parte do Reino Hachemi, até a guerra de 1967, contra Israel.

A nomeação e posse dos patriarcas greco-ortodoxos devem contar com a aprovação de quatro autoridades: de Israel, Jordânia, Autoridade Nacional Palestina (ANP) e Grécia.

A Igreja Ortodoxa Grega é a maior proprietária de terras e imóveis em Jerusalém e outras importantes localidades da Terra Santa, o que lhe confere um enorme poder na região. (AF)








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