ARCEBISPO DE QUITO: CATÓLICOS DEVEM PARTICIPAR DA POLITICA, MAS NÃO EM NOME DA IGREJA
Quito, 12 mai (RV) - Em vista das próximas eleições para a Assembléia Constituinte,
no Equador, o arcebispo de Quito, Dom Raúl Eduardo Vela Chiriboga, convocou os católicos
a participarem da política, recordando-lhes, porém, que devem fazê-lo "como cidadãos"
e não em nome da Igreja.
"Os leigos pertencentes a movimentos ou grupos apostólicos
fazem bem em participar da política, estão no seu direito, mas façam-no como cidadãos,
e não em nome dos seus movimentos" _ disse o arcebispo da capital equatoriana.
Ele
recordou que a "Igreja e a comunidade política são de natureza diferentes, por sua
configuração e finalidade". Por isso _ explicou _ nenhum partido pode atribuir a si
"o título de 'católico'", ou afirmar que é "aprovado ou apoiado pela hierarquia" ou
por sacerdotes. Os católicos _ acrescentou _ "têm liberdade de votar de acordo com
sua consciência", sempre que os ditos candidatos "não se oponham à doutrina de Jesus"
e ao Direito Natural.
A Assembléia Constituinte deverá fortalecer uma autêntica
democracia e "delinear um sistema político e econômico" que permita promover o bem
comum.
O arcebispo de Quito enumerou os temas particularmente sensíveis para
os católicos: a defesa da vida e da família, a liberdade religiosa e o direto aos
pais de exigirem "a instrução religiosa de seus filhos, de acordo com suas convicções".
(RR)