2007-05-09 18:24:57

Bento XVI, em viagem para São Paulo, encontra os jornalistas no avião, e explica os objectivos da sua visita ao Brasil


(9/5/2007) Durante a viagem de avião de Roma para São Paulo ,Bento XVI explicou os objectivos da sua visita ao Brasil, manifestando uma grande alegria por poder deslocar-se ao "continente da esperança", como lhe chamava João Paulo II, para "anunciar a beleza de ser cristão".
Da Canonização de Frei Galvão, "homem de reconciliação e de paz", Bento XVI passou para o compromisso da Igreja contra a violência, por causa da fé num Deus de "reconciliação", que não é violento e ajuda os outros a não serem violentos.
Em relação à teologia da libertação, Bento XVI lembrou que "hoje a situação mudou profundamente e a Igreja está fortemente empenhada na justiça, mas opera um discernimento, ao mesmo tempo, para evitar falsos milenarismos que pensam poder realizar a revolução num sistema social perfeito".
O Papa falou ainda de D. Oscar Romero, Arcebispo de São Salvador assassinado em 1980, que classificou como "grande testemunha da fé", pedindo que a sua figura seja libertada de todos aqueles que " tentaram apropriar-se dela por motivos políticos".
A principal finalidade da viagem, assinalou o Papa, é a abertura dos trabalhos da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, pelo que esta visita tem um carácter predominantemente "religioso".
A difusão das seitas é, para Bento XVI, um sinal de que as pessoas têm "sede de Deus" e a Igreja deve responder a esta exigência num plano muito concreto, "ajudando as pessoas a encontrarem condições de vida justas".
A missão eclesial, acrescentou, não deixa de "procurar soluções para os grandes problemas sociais da América Latina", apesar de a Igreja não "fazer política, mas respeitar a laicidade ".
Bento XVI falou, a este respeito, da recente legalização do aborto no Estado da Cidade do México e da reacção dos Bispos locais: "A morte de uma criança é incompatível com o alimentar-se do corpo de Cristo. Os Bispos não fizeram nada de arbitrário e apenas destacaram aquilo que está previsto no código de direito canónico ". O Papa lembrou que a Igreja anuncia "o Evangelho da Vida" e exige coerência aos cristãos, neste campo.
O director da sala de imprensa da Santa Sé, Padre . Frederico Lombardi, desmentiu, posteriormente, que o Papa tenha falado em "excomungar" os políticos que apoiam a legalização do aborto. "A acção legislativa favorável ao aborto não é compatível com a participação na Eucaristia", referiu, mas precisou que são as pessoas que legislam em favor do aborto que "se auto excluem da comunhão".








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