2007-04-30 19:45:06

CARDEAL HERRANZ ACUSA PARTIDOS POLÍTICOS DE FOMENTAREM ÓDIO CONTRA A IGREJA CATÓLICA


Cidade do Vaticano, 30 abr (RV) - O presidente do Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos Legislativos, o cardeal espanhol Julián Herranz, acusou alguns partidos políticos italianos de "gerar ódio contra a Igreja Católica", em entrevista publicada hoje, pelo jornal “La Stampa”.

O cardeal, membro do Opus Dei, comentou com essas palavras, a notícia do envio pelo Correio, de uma bala, ao presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Dom Angelo Bagnasco, além das pichações contra ele em algumas cidades italianas.

"Alguns partidos, gritando contra a ingerência eclesial, geram ódio contra a Igreja e incitam os extremistas, e este é o resultado" _ disse o Cardeal Herranz, em entrevista ao diário de Turim, "La Stampa".

O cardeal espanhol acrescentou que lhe dói e preocupa que "alguns políticos (italianos) que são uma expressão do laicismo no Parlamento, não condenem abertamente esses gestos".

"Quem semeia ódio, arma a mão do fundamentalismo ideológico mais violento" _ acusou o Cardeal Herranz, acrescentando que "existe um fundamentalismo laico igualmente irracional e antidemocrático".

Tanto o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, quanto diversos representantes do mundo político expressaram sua solidariedade a Dom Bagnasco, que é também arcebispo de Gênova.

O presidente da Câmara dos Deputados e membro do partido Refundação Comunista, Fausto Bertinotti, condenou todo e qualquer gesto de violência, e afirmou que "é preciso respeitar todas as religiões", mas, para isso, "é necessário, a cada dia, consolidar o laicismo do Estado".

O envio da bala e as pichações, como as que apareceram na porta da catedral de Gênova, na qual se lia "Bagnasco, vergonha", se registraram depois da polêmica gerada pelo arcebispo, quando ele advertiu contra o "perigo" de aprovar o projeto de lei apresentado pelo governo italiano, para regulamentar os direitos dos casais de fato, heterossexuais e homossexuais.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, em mensagem ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, disse hoje, que “a Itália não deixará só Dom Angelo Bagnasco, diante das ameaças vãs e inadmissíveis, de proveniência obscura, das quais tem sido alvo”. (PL)







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