2007-04-28 14:09:23

Instante apelo do Papa à unidade e reconciliação da comunidade eclesial siro-católica


28/4/2007) Nas actuais situações de tensão e conflito, “é importante que a Comunidade eclesial siro-católica possa anunciar o Evangelho com vigor, promovendo uma pastoral adaptada aos desafios da pós-modernidade e oferecendo um exemplo luminoso de unidade num mundo fraccionado e dividido”: advertiu Bento XVI, recebendo neste sábado de manhã no Vaticano os participantes no Sínodo extraordinário da Igreja Siro-católica.
O Papa recordou o insistente convite à unidade e à reconciliação que João Paulo II não se cansou de dirigir aos bispos siro-católicos, nomeadamente na sua Carta de Agosto de 2003. Eu próprio – acrescentou Bento XVI – prossegui depois a mesma acção, na minha carta de Outubro de 2005, pois

“estou profundamente convencido de que hoje em dia, como outrora, no dealbar do cristianismo, cada comunidade está chamada a oferecer um claro testemunho de fraternidade. É comovedor ler nos Actos dos Apóstolos que ‘a multidão dos que tinham aderido à fé tinha um só coração e uma só alma’. É aqui, neste amor partilhado que é dom do Espírito Santo, que se encontra o segredo da eficácia apostólica”.


O Papa declarou-se convicto de que os bispos siro-católicos não ignoram que “é necessário, e até mesmo indispensável”, “superar os obstáculos que impedem a normalidade da vida eclesial”, nas suas relações mútuas.


“É o ministério que o Senhor vos confiou que o exige; é o bem da Igreja siro-católica que o exige. Exigem-no também a situação particular que vive o Médio Oriente e o testemunho que as Igrejas católicas podem dar na sua unidade. Ressoe nos vossos corações a exortação cheia de tristeza de Paulo aos fiéis de Corinto: ‘Irmãos, exorto-vos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo a estardes todos de acordo; que não haja divisões entre vós, vivei em perfeita harmonia de pensamento e de sentimentos’.”


“Na nossa época, há desafios que as comunidades cristãs, em todas as partes do mundo, devem enfrentar, dado que numerosos perigos e armadilhas correm o risco de dissimular os valores do Evangelho. No que diz respeito à vossa Igreja – precisou o Papa – as violências e os conflitos que afectam uma parte uma parte do rebanho que vos está confiado constituem dificuldades suplementares que põem ainda mais em perigo, não só o facto de viverdes juntos em paz, mas até mesmo a própria vida das pessoas.”


Finalmente, no que diz respeito à promoção do caminho ecuménico, o Papa recordou o que o Concílio Vaticano II recomenda às Igrejas orientais católicas: que, em resposta à oração de Cristo “ut unum sint”, desempenhem um papel particular do ponto de vista do ecumenismo – “antes de mais, pela oração, pelo exemplo de vida, pela sua religiosa fidelidade às antigas tradições orientais, por um melhor conhecimento mútuo, pela colaboração e pela estima fraterna das coisas e das pessoas”.








All the contents on this site are copyrighted ©.