2007-04-26 13:35:21

"Mudanças climáticas e desenvolvimento": Papa encoraja sentido de responsabilidade.


(26/4/2007) “Incentivar a investigação mas também a promoção de estilos de vida e modelos de produção e de consumo em consonância com o respeito pela natureza criada e com as reais exigências do progresso sustentável dos povos”: esta a proposta de Bento XVI, em mensagem enviada ao Seminário sobre “Mudanças climáticas e desenvolvimento”, que decorre no Vaticano, promovido pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz. O Papa exorta os países ricos a terem em conta a destinação universal dos bens, insistentemente recordada pela Doutrina Social da Igreja.
Num telegrama aos participantes (enviado, em seu nome, pelo cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado), o Papa exprime “profundo apreço pela iniciativa, que visa aprofundar problemáticas de relevante importância ambiental, ética, económica, social e política, com repercussões que incidem sobretudo nos sectores mais débeis da sociedade”.

Na mesma linha da breve mensagem papal se situou, na abertura do encontro, a intervenção do Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Justiça e Paz, que considerou “necessário” conseguir um “equilíbrio entre as exigências da tutela ambiental e as do desenvolvimento dos povos mais carecidos”. “A doutrina social da Igreja muito tem a sugerir, partindo da lição pertinente e instrutiva dos primeiros capítulos da Bíblia. O domínio do homem sobre a criação, querido por Deus, não deve ser despótico e insensato” – advertiu o purpurado, que recordou que “ homem deve cultivar e defender os bens criados”. Cultivar para desenvolver o homem, todo o homem, todos os homens: este o desafio com que nos confrontamos, no que diz respeito às mutações climáticas – sublinhou o cardeal Martino, que citou a afirmação do Compêndio da Doutrina Social da Igreja, de que “a tutela do ambiente também em função do desenvolvimento, constitui um dever comum e universal, no respeito de um bem colectivo e destinado a todos. Neste sentido, tanto os consumidores como os operadores industriais estão chamados a dar provas de um maior sentido de responsabilidade”. O presidente do Conselho Pontifício fez votos de que os peritos neste campo promovam entre si um debate “sereno e pacato”, que permita uma “frutuosa partilha de experiências, um diálogo aprofundado que corresponda a uma investigação desinteressada”.








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