Nova York, 23 abr (RV) - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) adotou uma resolução, reafirmando o valor universal da
Cidade Antiga de Jerusalém.
Segundo a UNESCO, esta foi a primeira vez que palestinos
e israelenses trabalharam juntos para proteger o local, considerado patrimônio histórico
mundial.
A resolução, adotada por consenso pela presidência da UNESCO, pediu
ainda, garantia de proteção para a parte antiga de Jerusalém, que já é contemplada
pela Convenção de Proteção dos Bens Naturais e Culturais da organização.
A
Cidade Antiga está inscrita na lista da UNESCO, do Patrimônio Cultural ou Natural
em Perigo. Essa lista tem por objetivo chamar a atenção mundial para os fatores que
ameaçam as características dos bens inscritos. Os sítios dessa lista merecem uma atenção
especial e são objeto de uma ação emergencial dos respectivos países.
Em fevereiro,
Israel iniciou um projeto de construção na Cidade Antiga, para restaurar uma rampa
de acesso à área, mas a obra foi suspensa depois que as autoridades islâmicas manifestaram
a própria preocupação, por possíveis danos arqueológicos.
Após uma investigação
de peritos, a UNESCO constatou que os trabalhos não prejudicavam a zona histórica,
mas, mesmo assim, a organização pediu a Israel que realizasse consultas com representantes
islâmicos, a fim de elaborar um projeto sobre as obras a serem realizadas na Cidade
Antiga.
Jerusalém é considerada sagrada por cristãos, judeus e mulçumanos.