2007-04-11 15:44:10

Irão: programa atómico de larga escala


(11/4/2007) O vice-presidente do Irão e director do Organismo Iraniano da Energia Atómica (OIEA), Gholam Aghazadeh, disse, que o seu país tem "tudo programado" para instalar 50.000 centrifugadoras na central de enriquecimento de urânio de Natanz. Segundo os especialistas na matéria, o Irão poderia - com aquele número de centrifugadoras e dentro de dois anos - vir a produzir suficiente combustível nuclear para as suas centrais atómicas de produção de energia eléctrica e, também, para o fabrico de ogivas nucleares para os mísseis militares.O anúncio ocorreu no mesmo dia em que dois inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) - organismo da ONU, com sede em Genebra (Suíça) -, iniciaram ontem uma visita de rotina a instalações nucleares do Irão.Parte da comunidade internacional, nomeadamente a França e o Reino Unido, já manifestaram que não estão de acordo com as intenções do Irão e os Estados Unidos da América (EUA) entendem que este novo "desafio" justifica a imposição de sanções. Já a Rússia minimiza o anúncio de Gholam Aghazadeh, e afirma que não tem provas que garantam que o Irão dispõe de tecnologia que lhe permita enriquecer urânio em escala industrial.O braço de ferro entre o Irão e o Conselho de Segurança da ONU intensificou-se em 24 de Março passado, com a aprovação de uma série de sanções contra Teerão. Os 15 membros do Conselho de Segurança aprovaram a Resolução 1747, que estabelece um embargo às exportações de armas iranianas e prevê o congelamento de contas de 28 personalidades e entidades ligadas aos programas (nuclear e balístico) suspeitos. Para se conseguir unanimidade no Conselho de Segurança, os países ocidentais que estão envolvidos no dossiê (Alemanha , EUA, França e Reino Unido) fizeram concessões à China e à Rússia, dois importantes parceiros comerciais do Irão nos domínios da energia e do armamento. Assim, Teerão poderá continuar a importar armamento, sujeito apenas à "fiscalização" dos fornecedores. Mas Moscovo e Pequim aceitaram que fossem congeladas as contas do Banco Sepah (instituição financeira basilar) assim como de sete membros do Estado-Maior dos Guardas da Revolução (Pasdaran).








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