Professionais dos media no Iraque, perseguidos e assassinados.
(8/4/2007) A iraquiana Eman Ahmad apelou às organizações de jornalistas internacionais
para que ajudem a lutar contra as “perseguições e assassínios” de profissionais dos
media no Iraque. A jornalista recebeu em Córdoba o I Prémio Internacional de Jornalismo
Júlio Anguita Parrado. O galardão foi-lhe entregue ontem em Córdova, dia em que
se completam quatro anos sobre a morte no Iraque do jornalista espanhol Julio Anguita
Parrado, atingido por um míssil iraquiano quando se encontrava numa unidade militar
norte-americana que foi atacada.A premiada, de 51 anos e a residir actualmente em
Barcelona após ter recebido ameaças de morte no seu país, pediu aos profissionais
da comunicação que trabalhem para “mostrar ao mundo a verdade e, evidentemente, pôr
termo à ocupação” do Iraque.Em 2003, fundou o Observatório contra a Ocupação de Bagdad
e, segundo a acta do júri do prémio que recebeu ontem, foi galardoada pela “defesa
dos valores humanos” no seu país de origem.Através do Observatório, Ahmad tem denunciado
as “violações dos direitos humanos pelas tropas e autoridades norte-americanos” e
publica habitualmente os seus escritos e artigos em várias páginas web internacionais.Entretanto,
em Diwaniyah (180 quilómetros a sul de Bagdad) prosseguem ataques norte-americanos
contra milícias xiitas.