Eleições livres e leais em Timor Leste é o pedido do Secretário Geral das Nações Unidas
(8/4/2007) O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou ontem um apelo
a todas as partes para que as primeiras eleições presidenciais de Timor Leste, desde
a sua independência em 2002, sejam “livres e leais”. O acto eleitoral decorre nesta
segunda feira. Desejo que as eleições sejam livres, leais, transparentes e credíveis.
Desejo que não sejam manchadas pela violência ou por actos de intimidação e espero
que terminem com resultados que todos reconheçam”, afirmou ontem Ban Ki-moon a uma
rádio local.Pela primeira vez desde a independência do pequeno país, uma antiga colónia
portuguesa, ocupada durante 24 anos pela indonésia (1975-1999), os habitantes de Timor
Leste preparam-se para votar amanhã, num clima de tensão, para designar um sucessor
do carismático presidente Xanana Gusmão.“A forma como estas eleições vão ser realizadas
é decisiva para dar o tom para o desenvolvimento futuro da vossa sociedade”, prosseguiu
o secretário-geral da ONU.“O Mundo observa-os. Apelo a todos os candidatos e seus
partidários para aceitarem os resultados de forma pacífica”, acrescentou Ki-moon.
As presidenciais timorenses vão determinar o sucessor de Xanana Gusmão, chefe de Estado
formalmente empossado em 2002. Apresentam-se à votação oito candidatos, com José Ramos
Horta (independente) e Francisco Guterres «Lu Olo», (apoiado pela Fretilin) a constituírem
os dois favoritos à sucessão de Xanana.Às eleições, as primeiras após a independência
de Timor Leste, a 20 de Maio de 2002, apresentam-se também Francisco «Lasama» de Araújo,
João Carrascalão, Francisco Xavier do Amaral, Manuel Tilman, Avelino Coelho e Lúcia
Lobato, a única mulher a concorrer.