CARDEAL-ARCEBISPO DE BOGOTÁ CRITICA GUERRILHAS COLOMBIANAS
Bogotá, 02 abr (RV) – O cardeal-arcebispo de Bogotá, Pedro Rubiano Sáenz, criticou
as guerrilhas colombianas, ao comentar o conflito que se arrasta, há anos, no país.
Para ele, a violência deveria ser contida pelo diálogo e pela negociação.
Quando
existem problemas tão fortes como o seqüestro e o desrespeito à vida, o governo não
pode ficar de braços cruzados. "E não só o governo _ advertiu o Cardeal Rubiano Sáenz
_ veja o quanto se gasta em Bogotá e no resto do país com a segurança privada!"
Em
entrevista ao jornal "El Tiempo", o cardeal disse que existe no país, uma falta de
respeito permanente à vida, à dignidade e à propriedade privada.
A propósito
das guerrilhas, que seriam uma expressão de protesto pela desigualdade social, o cardeal
disse que nem as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) nem o Exército
de Libertação Nacional (ELN) lutam pelos pobres. Segundo ele, os dois grupos guerrilheiros
buscam tomar o poder, valendo-se do narcotráfico. O cardeal ressaltou que "o seqüestro
é o mais desumano e terrível dos delitos".
O Cardeal Rubiano Sáenz explicou
que o problema da guerrilha é muito difícil de ser solucionado. "Enquanto existir
o combustível do narcotráfico, enquanto os países ricos consumirem a droga e o uso
da cocaína aumentar, continuará a haver violência. As FARC _ acrescentou _ quando
falam de negociação para a libertação dos seqüestrados, só mencionam os chamados seqüestrados
políticos, não os denominados seqüestros econômicos." (AL)