(2/3/2007) Bento XVI defendeu ,Sábado, que Os cristãos devem conjugar "uma coerente
vida de fé com o cansaço e as dificuldades do trabalho, o lucro pessoal e o compromisso
de solidariedade para com os necessitados". Bento XVI que falava sábado aos
dirigentes e sócios da Confederação dos Artesãos, recebidos na Sala Paulo VI, no Vaticano,
louvou o compromisso da associação, fundada em 1946, pela "indubitável contribuição"
dada "para a construção da moderna nação italiana". O Santo Padre aproveitou
a ocasião para reflectir sobre a realidade do mundo do trabalho que, ressaltou, "no
actual momento histórico, se encontra no centro de vastas transformações sociais,
transformações que são sempre mais rápidas e complexas". Se ontem, o termo artesão
"evocava algo de antigo", "hoje significa, sobretudo, autonomia, criatividade, personalização
na produção de bens e serviços". O trabalho "pertence à condição originária do
homem", frisou o Papa, citando a encíclica Laborem Exercens, segundo a qual "o trabalho
é para o homem e não o homem para o trabalho". A Igreja, precisou, "proclama,
assim, sem cessar, o primado do homem sobre a obra das suas mãos, e recorda que tudo
deve ser subordinado ao verdadeiro progresso da pessoa humana e ao bem comum: o capital,
a ciência, a técnica, os recursos públicos e a própria propriedade privada". "Como
cristãos, empenhem-se em viver e testemunhar o 'Evangelho do trabalho', conscientes
de que o Senhor chama todos os baptizados à santidade, mediante as suas ocupações
diárias", concluiu.