2007-03-22 15:43:58

Bento XVI defende direito dos doentes ao tratamento médico


(22/3/2007) Bento XVI recebeu em audiência nesta quinta feira os participantes na assembleia plenária do conselho pontifício para a pastoral da saúde, salientando nesta ocasião que a saúde do homem, do homem todo, foi o sinal que Cristo escolheu para manifestar a proximidade de Deus, o seu amor misericordioso que cura o espírito, a alma e o corpo. Que esta seja sempre a referencia fundamental de todas as vossa iniciativas: a sequela de Cristo que os Evangelhos nos apresentam como médico divino - foram os votos formulados pelo Papa, que salientou em seguida: É esta perspectiva bíblica que valoriza o principio ético natural do dever de cuidar do doente, na base do qual qualquer vida humana deve ser defendida segundo as dificuldades particulares em que se encontra e segundo as nossas possibilidades concretas de ajuda. Socorrer o ser humano é um dever, tanto em resposta a um direito fundamental da pessoa, como porque a cura dos indivíduos é um beneficio para a colectividade. A ciência médica progride na medida em que aceita colocar sempre em discussão o diagnóstico e o método de cura, com o pressuposto que os precedentes dados adquiridos e os presumíveis limites possam ser superados.
No fim de contas, a estima e a confiança em relação ao pessoal sanitário são proporcionais á certeza que tais defensores de oficio da vida nunca desprezarão uma vida humana, por muito que esteja diminuída, e saberão sempre encorajar tentativas de cura.
Bento XVI salientou depois que o conceito de cuidados de saúde é de facto a promoção humana: da cura do doente á prevenção, com a procura do maior desenvolvimento humano, favorecendo um ambiente familiar e social adequado.
Esta perspectiva ética, baseada na dignidade da pessoa humana e nos direitos e deveres fundamentais a ela ligados, é confirmada e potenciada pelo mandamento do amor, centro da mensagem cristã.
A concluir o Papa recordou que a caridade como tarefa da Igreja, objecto de reflexão na sua encíclica Deus caritas est, encontra uma actuação particularmente significativa na cura dos doentes.
E aos participantes nesta assembleia plenária do Conselho Pontifício para a pastoral da saúde Bento XVI quis entregar idealmente as reflexões propostas naquela sua Encíclica com as relativas orientações pastorais sobre o serviço da caridade da Igreja como comunidade de amor, juntando-lhe agora também a Exortação Apostólica pós-sinodal, publicada recentemente que trata de uma maneira ampla e articulada da Eucaristia como Sacramento da caridade.
É precisamente da Eucaristia que a pastoral da saúde pode receber continuamente a força para socorrer eficazmente o homem e promovê-lo segundo a dignidade que lhe é própria”- salientou o Papa .








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