2007-03-22 19:27:00

BENTO XVI: A CONVERSÃO A DEUS SALVA O HOMEM E A SOCIEDADE E OS AJUDA A AFRONTAR COM EFICÁCIA O MAL E AS DESVENTURAS DA VIDA


Cidade do Vaticano, 11 mar (RV) - A humanidade de todos os tempos precisa converter-se a Deus, porque a conversão vence o mal pela raiz, e permite ao homem e à sociedade, melhorar-se e abrir-se à esperança. As pessoas e as sociedades que, ao invés, jamais se colocam em discussão, "têm a ruína como único destino final".

Com essas considerações, Bento XVI dirigiu-se aos cerca de 60 mil fiéis e peregrinos que, ao meio-dia deste domingo, se reuniram na Praça São Pedro, para participar da recitação da oração mariana do Angelus.

Converter o coração não significa escapar do mal, mas afrontá-lo, de modo que a desventura seja evitada ou vencida com o bem. E embora nem sempre se possam evitar as conseqüências do mal, a conversão sempre reconduz a paz ao espírito.

Portanto, a conversão a Deus é um ato de realismo, não de moralismo: foi o ensinamento que Bento XVI extraiu do Evangelho do III Domingo da Quaresma, para depois reapresentá-lo, em sua breve reflexão antes da oração mariana do Angelus.

Na origem dessa página do Evangelho, se encontram dois eventos particulares: uma revolta dos galileus, sufocada no sangue por Pilatos; e a queda de uma torre em Jerusalém, que provocou 18 mortos.

Comentando esses fatos, Jesus inverte a mentalidade do tempo que considerava toda e qualquer desgraça _ acidental ou causada pelo homem _ como uma conseqüência direta de uma grave culpa pessoal. Os galileus mortos nas duas dramáticas circunstâncias não são mais culpados do que todos os demais, objeta Jesus, concluindo peremptório: "Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo." (Lc 13, 3)

"Eis, portanto _ ponderou o pontífice _ o ponto ao qual Jesus quer levar seus ouvintes: a necessidade da conversão. Ele não a propõe em termos moralistas, mas realistas, como única resposta adequada a eventos que colocam em crise as certezas humanas. Diante de certas desgraças _ adverte Jesus _ não adianta colocar a culpa nas vítimas. É verdadeira sabedoria deixar-se interpelar pela precariedade da existência e assumir uma atitude de responsabilidade: fazer penitência e melhorar nossa vida."

"Isso é sabedoria, essa é a resposta mais eficaz ao mal, em todos os níveis, interpessoal, social e internacional" _ afirmou Bento XVI, ressaltando que, "de fato, as pessoas e as sociedades que vivem sem jamais colocar-se em discussão, têm a ruína como único destino final."

É preciso "um sério exame de consciência" _ insistiu Bento XVI _ e o "empenho a purificar a própria vida".

Antes de recitar a oração mariana do Angelus, o papa concluiu, pedindo ajuda a Nossa Senhora, para se redescobrir a "beleza da conversão". (RL)








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