Montreal, 20 mar (RV) - O filósofo canadense, Charles Taylor, de 75 anos de
idade, venceu a edição 2007 do Prêmio Templeton para o Progresso da Religião _ um
reconhecimento atribuído, anualmente, a personalidades que se destacam por sua originalidade
no progresso da compreensão do mundo de Deus ou da espiritualidade.
O prêmio
será entregue pelo Duque de Edimburgo, no Palácio de Buckingham, em Londres, no próximo
2 de maio, em cerimônia privada.
Há quase meio século, o prof. Taylor afirma
que problemas como a violência ou a intolerância só podem ser resolvidos, considerando
seja sua dimensão secular seja sua dimensão espiritual. Sua pesquisa se baseia em
questões como "Qual o papel do pensamento espiritual no século XXI?" De acordo com
o filósofo canadense, depender completamente de pontos de vista secularizados, conduz,
unicamente, a resultados fragmentados e defeituosos.
Autor de numerosas publicações,
atualmente é professor de Direito e Filosofia, na Northwestern University, em Evanston,
Ilinois, EUA, e professor emérito no Departamento de Filosofia, da McGill University,
de Montreal, onde nasceu.
O prof. Taylor _ primeiro canadense a ser agraciado
com o Prêmio Templeton _ tem intenção de usar a dotação em dinheiro (mais de 1,5 milhão
de dólares) para incrementar seus estudos sobre a relação da linguagem e do significado
lingüístico com a arte e a teologia, e para desenvolver novos conceitos relacionados
com as ciências humanas e as ciências biológicas.
A primeira pessoa a receber
esse reconhecimento foi a bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá, em 1973, quando
só era conhecida por seus pobres, de Calcutá.
Um ano depois, foi a vez do Ir.
Roger Schutz, fundador da Comunidade Ecumênica de Taizé. Em 1976, foi a vez do Cardeal
Leo Jozef Suenens, arcebispo de Malines-Bruxelas; e, no ano seguinte, o galardão coube
à fundadora do movimento dos Focolares, Chiara Lubich. (CM)