BENTO XVI: AMOR CRISTÃO PERMITE SUPERAR A DEFICIÊNCIA E VIVER POSITIVAMENTE A DIVERSIDADE
Cidade do Vaticano, 17 mar (RV) - Toda condição de fragilidade pode ser superada
com a fé e a amizade cristã: foi o que ressaltou o papa, no encontro mantido esta
manhã, na basílica vaticana, com os peregrinos do Movimento Apostólico dos Cegos (MAC)
e da Obra Federativa de Transporte de Doentes a Lourdes (OFTAL). O pontífice reafirmou
a importância da partilha da experiência de fé com aqueles que se encontram em dificuldades.
Não
se deixem assustar com os limites e a pobreza de recursos, uma vez que Deus "ama fazer
suas obras com meios pobres": foram palavras de encorajamento que o Santo Padre dirigiu
aos peregrinos do MAC e do OFTAL. Duas realidades _ ressaltou _ que "dão testemunho
de Cristo ressuscitado", "manifestando que a fé e a amizade cristã permitem atravessar
juntos, toda condição de fragilidade".
O papa firmou ainda, que as duas associações,
embora diferentes em muitos aspectos, têm, porém, em comum aquilo que é fundamental:
"Tanto o MAC quanto o OFTAL se apresentam como experiências de partilha fraterna,
baseada no Evangelho e capaz de dar condições às pessoas em dificuldades _ nesse caso
doentes e deficientes visuais _ de ser plenamente partícipes da vida da comunidade
eclesial e construtoras da civilização do amor."
No Movimento Apostólico dos
Cegos, nascido em 1928, por intuição de Maria Motta, professora deficiente visual
_ prosseguiu o papa _ cegos e não-cegos aprendem "o estilo da reciprocidade e da partilha"
e, assim, se colocam a serviço da missão apostólica da Igreja.
"É um testemunho
de como o amor cristão permite superar a deficiência e viver positivamente a diversidade,
como ocasião de abertura ao outro, de atenção a seus problemas, mas, sobretudo, a
seus dons, e de recíproco serviço."
Por sua vez, a Obra Federativa de Transporte
de Doentes a Lourdes, promovida por Pe. Alessandro Rastelli, em 1913, e reconhecida
oficialmente em 1932, pelo arcebispo de Vercelli, norte da Itália, oferece a experiência
da peregrinação com os doentes. O movimento _ ressaltou o papa _ é um "sinal de fé
e de solidariedade entre as pessoas que saem de si mesmas e do espaço fechado dos
próprios problemas, para partir rumo a uma meta comum, um lugar do espírito". (RL)