2007-03-09 10:52:12

Os Bispos da Republica Dominicana analisam a situação do país


(9/3/2007) Por ocasião do 163º aniversário da independência nacional, os bispos dominicanos publicaram uma mensagem que toca vários aspectos fundamentais que afectam actualmente o país. A Conferência Episcopal Dominicana (CED) assinala que ainda que tenha como missão principal santificar as almas e torná-las participes dos bens sobrenaturais, preocupa-se também pelas necessidades que a vida diária propõe aos seres humanos e especialmente as que actualmente afectam os dominicanos, tais como: a alimentação, a educação, a violência, a justiça social, a necessidade de melhorar os serviços básicos, a moradia, reajuste salarial, reforma constitucional, energia eléctrica, a campanha eleitoral dos partidos políticos e a falta de projecção do futuro. A mensagem lança um apelo a unir esforços e a dar passos definitivos, substituindo a mentalidade e atitude egoísta e individualista por uma atitude solidária. A Igreja vê como desafio fundamental combater a droga e o narcotráfico, como causas que produzem a violência e a delinquência, manifestadas no crescimento de crimes de género, roubos, assim como casos de vinganças pessoais, ou tomar a justiça por conta própria, este último pela desconfiança na Justiça oficial. Os bispos aludem à reforma constitucional, exortando a que seja verdadeiramente obtida pelo consenso de todos. «O bem da nação e da nossa democracia exige que não se poupem esforços; que tal Constituição satisfaça os desejos e ideais sadios de todos os dominicanos e dominicanas de boa vontade, e que seja realmente fruto do consenso entre todos. Para isso, é necessário que não faça com pressa, mas de forma alguma com pausa nem dilações». Aos partidos políticos, pedem que a justiça eleitoral, dadas as dificuldades económicas do país e a situação do mundo, seja curta e austera, sem grandes dispêndios económicos. «Estamos na Quaresma -- concluem os bispos dominicanos --, tempo de reflexão e conversão, e contamos com o poder de Deus para alcançá-la. São muitas as atitudes e comportamentos que devemos mudar e a Quaresma é tempo de graça, de misericórdia e benevolência divina.»







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