BENTO XVI LEMBRA PAULO VI: GUIOU A IGREJA EM ANOS DIFÍCEIS, SEM SE DEIXAR CONDICIONAR
PELAS CRÍTICAS, COM O OLHAR FIXO EM CRISTO
Cidade do Vaticano, 03 mar (RV) - O amor por Cristo foi "o segredo da ação
pastoral" de Paulo VI, durante os difíceis anos pós-conciliares: foi o que disse Bento
XVI, recebendo em audiência, esta manhã, na Sala dos Papas, no Vaticano, os membros
do Instituto Paulo VI, um centro internacional de pesquisa, fundado em 1979, para
favorecer o estudo da vida, do pensamento e da atividade do Papa Montini.
Bento
XVI traçou a figura daquele que define como um "inesquecível pontífice", ao qual,
entre outras coisas, é muito afeiçoado, pelo fato que foi ele quem o nomeou arcebispo
de Munique, Baviera, Alemanha, e depois, cardeal.
Paulo VI _ ressaltou o papa
_ "foi chamado pela Divina Providência, a guiar o barco de Pedro, num período histórico
marcado por muitos desafios e problemáticas", distinguindo-se por sua sabedoria e
prudência.
O Santo Padre recordou "o ardor missionário... de Paulo VI, que
o levou a empreender importantes viagens apostólicas, também a nações distantes, e
a realizar gestos proféticos de alto valor eclesial, missionário e ecumênico".
De
fato, foi o primeiro papa a visitar a Terra Santa, indicando "à Igreja, que o caminho
de sua missão é o de percorrer novamente o caminho marcado pelas pegadas de Cristo".
"De
fato, o segredo da ação pastoral que Paulo VI realizou com incansável dedicação, tomando,
por vezes, decisões difíceis e impopulares, está justamente no seu amor por Cristo:
amor que vibra com expressões tocantes, em todos os seus sentimentos. Seu ânimo de
pastor era totalmente tomado por uma tensão missionária alimentada pelo desejo sincero
de diálogo com a humanidade. Seu convite profético _ proposto reiteradas vezes _ a
renovar, mediante a civilização do amor, o mundo marcado pelas inquietações e violências
, nascia de uma total entrega a Jesus, Redentor do homem."
Bento XVI recordou
as célebres palavras proferidas por Paulo VI, na abertura da segunda sessão do Concílio
Vaticano II, em 1963, que também ele teve a oportunidade de escutar, pois participava
dos trabalhos conciliares, na qualidade de especialista... ""Cristo nosso princípio
_ proclamou Paulo VI com profunda comoção _ Cristo nosso caminho e nosso guia! Cristo
nossa esperança e nosso destino... Nenhuma outra luz brilhe neste encontro, que não
seja Cristo, luz do mundo; nenhuma outra verdade interesse os nossos ânimos, senão
as palavras do Senhor, nosso único Mestre; nenhuma outra inspiração nos guie, senão
o desejo de ser absolutamente fiéis a Ele." E até o último suspiro _ acrescentou Bento
XVI _ seu pensamento, suas energias e sua ação foram para Cristo e para a Igreja."
(RL)