A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS NO MONTE TABOR REVELA O MISTÉRIO DE SUA UNIÃO COM O PAI
Cidade do Vaticano, 04 mar (RV) - Num domingo quase que primaveril _ ensolarado
e quente _ o Santo Padre assomou à janela de seus aposentos, para rezar, juntamente
com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, a oração mariana do Angelus.
Na alocução
que proferiu antes da oração mariana, o papa refletiu sobre a liturgia deste II Domingo
da Quaresma, em que o evangelista São Lucas narra a Transfiguração de Jesus no Monte
Tabor, diante dos apóstolos Pedro, Tiago e João.
Eram momentos de oração, que
Jesus costumava fazer sozinho, ao nascer e ao pôr-do-sol e, às vezes, até toda a noite.
Daquela vez, porém, Ele quis que seus amigos mais íntimos fossem testemunhas de sua
luz interior, quando rezava.
"No seu diálogo íntimo com o Pai _ disse Bento
XVI _ Jesus não sai da história, não foge de sua missão, para a qual veio ao mundo,
embora soubesse que, para chegar à glória, deveria passar pela Cruz. Aliás, Cristo
entra mais profundamente em sua missão, aderindo, com toda a sua pessoa, à vontade
do Pai."
"O ato da transfiguração é, paradoxalmente, a agonia no Getsêmani.
Na iminência de sua paixão, Jesus experimenta uma angústia mortal e, por isso, confia
na vontade divina. Assim, sua oração se torna penhor para a nossa salvação" _ acrescentou
o papa.
Com essa explicação da Liturgia de hoje, o Santo Padre ilustrou que
a oração não é "acessória ou opcional", mas é questão de vida ou de morte. Somente
quem confia em Deus, com amor filial, pode entrar na vida eterna, que é o próprio
Deus. (MT)