2007-03-03 14:57:47

Bento XVI exalta o valor do magistério de Paulo VI e o seu espírito missionário


(3/3/2007) “A importância, para a Igreja e para o mundo, do pontificado” de Paulo VI, “como também o valor do seu elevado magistério” – foram sublinhados pelo actual sucessor, Bento XVI, recebendo neste sábado de manhã, no Vaticano, depois da conclusão dos exercícios espirituais, um grupo de responsáveis do Instituto Paulo VI, que tem “por fim favorecer o estudo da vida, do pensamento e da actividade daquele inesquecível pontífice”.
Bento XVI começou por recordar os elos que o ligam pessoalmente ao seu predecessor, que o nomeou arcebispo de Munique e o incluiu no Colégio Cardinalício. Paulo VI – observou – “foi chamado pela Providência divina a guiar a barca de Pedro num período histórico marcado por muitos desafios e problemáticas”. Evocando o pontificado do Papa Montini, há um elemento que sobressai:
“Impressiona o ardor missionário que o animou e que o levou a empreender importantes viagens apostólicas, mesmo a países distantes, e a realizar gestos proféticos de elevado alcance eclesial, missionário e ecuménico. Foi o primeiro Papa a deslocar-se à Terra onde Cristo viveu e da qual Pedro partiu para vir a Roma. Aquela visita, logo seis meses depois da sua eleição a Sumo Pastor do Povo de Deus e enquanto estava em curso o Concílio Ecuménico Vaticano II, revestiu um claro significado simbólico. Indicou à Igreja que a via da sua missão é de percorrer as sendas de Cristo”.

“E foi precisamente isto o que o Papa Paulo VI procurou fazer no decurso do seu ministério petrino, que exerceu sempre com sabedoria e prudência, em plena fidelidade ao comando do Senhor”. Mas qual foi o segredo da sua acção pastoral? – perguntou-se Bento XVI

“O segredo da acção pastoral que Paulo VI desenvolveu com incansável dedicação, adoptando por vezes decisões difíceis e impopulares, está precisamente no seu amor por Cristo: amor que vibra - com expressões tocantes – em todos os seus ensinamentos. O seu espírito de Pastor estava completamente animado por uma tensão missionária alimentada por um sincero desejo de diálogo com a humanidade”.

O nome de Paulo VI “permanece sobretudo ligado ao Concílio Vaticano II. De facto, se foi João XXIII a convocá-lo e a iniciá-lo, tocou a ele, seu sucessor, levá-lo a cumprimento com mão experimentada, delicada e firme. Não menos árduo foi para o Papa Montini reger a Igreja no período pós- conciliar. Não se deixou condicionar por incompreensões e críticas, embora tenha tido que suportar sofrimentos e ataques por vezes violentos, mas em todas as circunstâncias permaneceu firme e prudente timoneiro da barca de Pedro”.








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