CARDEAL COLOMBIANO APÓIA RESGATE MILITAR DOS SEQÜESTRADOS
Bogotá, 27 fev (RV) - O cardeal-arcebispo de Bogotá, Pedro Rubiano Sáenz, afirmou
nesta segunda-feira, que embora não descarte o diálogo para um eventual acordo humanitário
com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), respalda qualquer
ação militar ordenada pelo governo, para resgatar os seqüestrados.
"O governo
também tem uma responsabilidade para com a vida, a honra e a liberdade das pessoas"
_ precisou o Cardeal Rubiano Sáenz, numa entrevista concedida ao telejornal da TV
Caracol.
As declarações do purpurado católico surpreenderam, porque contradisseram
o que havia sido dito, recentemente, pelo presidente da Comissão Nacional de Reconciliação,
Dom Luis Augusto Castro Quiroga, presidente do Episcopado colombiano e arcebispo de
Tunja. Dom Castro Quiroga assegurara que a Igreja não pouparia esforços para que o
governo do presidente Alvaro Uribe e as FARC estabeleçam um intercâmbio humanitário
de políticos, policiais e militares seqüestrados, por guerrilheiros presos nos cárceres
colombianos.
"O resgate militar tem riscos, mas eles (os familiares) devem
pensar se é bom tentar o pronto regresso ou esperar muitos anos ainda, com a esperança
de rever seus entes queridos" _ disse o Cardeal Rubiano Sáenz.
As FARC _ a
maior guerrilha da Colômbia _ mantém como seqüestrados, em algum lugar da selva, sul
do país, 57 políticos, policiais, militares e três norte-americanos, alguns seqüestrados
há mais de 10 anos.
O cardeal pediu compreensão aos familiares dos seqüestrados:
"Não foi o governo que os deteve, mas sim a guerrilha." (MZ)