Cidade do Vaticano, 13 fev (RV) – "A lei natural pertence à história da sabedoria
humana. Cícero já ensinava que existe uma verdadeira lei eterna e imutável. O Cristianismo
se apropriou dessa doutrina, purificando-a e iluminando-a pela Revelação."
Com
essas palavras, o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Angelo Amato,
abriu, na manhã de ontem, o congresso internacional que tem por tema "A lei moral
natural: problemas e perspectivas", em andamento na Pontifícia Universidade Lateranense,
de Roma.
"Em Santo Tomás de Aquino, encontramos que a lei natural é participação
na lei eterna, de Deus, e a lei moral tem Deus como fonte do bem e como fonte da ação
frente ao outro" _ continuou Dom Amato. Isso significa que a "lei do Evangelho não
é estranha ao homem, não é imposta do alto", e portanto, "a partir da lei natural,
se pode dialogar com qualquer pessoa e chegar a um acordo exatamente sobre essa lei".
"Em
muitos ambientes _ concluiu Dom Amato _ não se reconhece mais uma verdade inscrita
na natureza humana. Tudo é mutável e relativo. Não sobra espaço para o sentido das
coisas. A ética é reduzida à consciência pessoal e o indivíduo é o único critério
moral, ao qual o Direito se refere." Aqui, "estão em jogo as próprias raízes da humanidade".
(MZ)