2007-02-14 14:52:19

A importância do celibato sacerdotal reafirmada num artigo do Prefeito da Congregação para o Clero,publicado no Osservatore Romano


(14/2/2007) O Cardeal Cláudio Hummes, Prefeito da Congregação para o Clero, num texto publicado na edição de 14 de Fevereiro do Osservatore Romano, defende a importância do celibato sacerdotal na Igreja, que classifica como "dom precioso de Cristo".
Lembrando o 40.º aniversário da encíclica "Sacerdotalis caelibatus", de Paulo VI, o chefe do Dicastério da Cúria Romana que acompanha os sacerdotes e diáconos da Igreja Católica assinala que o celibato "precisa de ser meditado e revigorado, especialmente no mundo moderno, profundamente secularizado".
O Cardeal brasileiro assinala, neste artigo com chamada de primeira página, que "os estudiosos indicam que as origens do celibato remontam aos tempos apostólicos".
A encíclica de Paulo VI referia que "o celibato sacerdotal, que a Igreja guarda desde há séculos como brilhante pedra preciosa, conserva todo o seu valor mesmo nos nossos tempos, caracterizados por transformação profunda na mentalidade e nas estruturas".
Bento XVI e os chefes dos Dicastérios da Cúria Romana reafirmaram no dia 16 de Novembro de 2006 a importância do celibato sacerdotal na Igreja, após um encontro rodeado por grande expectativa, convocado para analisar os pedidos de readmissão de padres casados e os pedidos de dispensa do celibato.
“Foi reafirmado o valor da escolha do celibato sacerdotal, segundo a tradição católica, e foi defendida a exigência de uma sólida formação humana e cristã, seja para os seminaristas, seja para os sacerdotes já ordenados”, referia uma nota oficial da Santa Sé
A questão do celibato é do foro disciplinar. O celibato consagrado, em geral ligado à virgindade, aparece na Igreja desde os seus primórdios, como ideal de imitação de Jesus e de sua Mãe e condição de maior liberdade para o culto e serviço de Deus. Foi-se generalizando na Igreja depois das perseguições, como sucedâneo do martírio.
O seu prestígio foi aumentando a ponto de, nalgumas Igrejas do Ocidente, se tornar obrigatório para os ministros sagrados (Concílio de Elvira, c. 300). Nas Igrejas do Oriente tornou-se obrigatório para os bispos (Concílio de Constantinopla, 692).
Nas Igrejas Orientais podem ser ordenados homens casados, mas não é consentido casar depois da ordenação e o celibato é obrigatório para o episcopado. Na Igreja Católica Latina optou-se pela disciplina do celibato, estabelecido em 1139 (II Concílio de Latrão). O diaconado permanente, por outro lado, pode ser conferido a homens já casados.








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