2007-02-10 13:15:41

Ter a coragem de dizer a verdade e de a seguir”: Bento XVI, a uma delegação da Academia francesa das Ciências Morais e Políticas


(10/2/2007) Há que ter a coragem de dizer a verdade e de a seguir”. “Devemos ter a coragem de lembrar aos nossos contemporâneos o que é o homem, o que é a humanidade”: afirmações de Bento XVI, recebendo neste sábado, uma delegação da Academia (francesa) das Ciências Morais e Políticas, acompanhada do arcebispo emérito de Paris, cardeal Lustiger.
“ Como exemplo concreto de “verdadeira liberdade”, o Papa Ratzinger evocou longamente a figura do cientista russo, perseguido político, André Sakharov, ao qual ele próprio sucedeu, a seu tempo, como membro desta Academia das Ciências Morais e Políticas.
“Esta alta personalidade recorda-nos que é necessário, na vida pessoal como na vida pública, ter a coragem de dizer a verdade e segui-la, (e) ser livre em relação ao mundo ambiente que tem a tendência de impor as suas maneiras de ver e os comportamentos a adoptar.
A verdadeira liberdade consiste em caminhar no caminho da verdade, segundo a sua vocação própria, sabendo que cada um terá que prestar contas da sua vida ao seu Criador e Salvador”.

O Papa sublinhou a “necessidade de apresentar aos jovens de hoje este caminho, convidando-os a não se contentarem com seguir todas as modas que se apresentam”.

“Um dos desafios para os nossos contemporâneos, e particularmente para a juventude, consiste em aceitar não viver simplesmente na exterioridade, nas aparências, mas desenvolvendo a vida interior, elo unificador do ser e do agir, lugar do reconhecimento da nossa dignidade de filhos de Deus chamados à liberdade, não se separando da nascente da vida, mas permanecendo-lhe fiéis”.


Neste contexto, Bento XVI propôs o exemplo de “liberdade interior” dado por André Sakharov: “quando, no período comunista, a sua liberdade exterior se encontrava entravada, era a sua liberdade interior, que ninguém lhe podia roubar, que o autorizava a tomar a palavra para defender com firmeza os seus compatriotas, precisamente em nome do bem comum”.


“Também hoje, é preciso que o homem não se deixe entravar pelas cadeias exteriores - como o relativismo, a busca do poder e do lucro a todo o custo, a droga, relações afectivas desordenadas, a confusão ao nível do casamento, o não reconhecimento do ser humano em todas as etapas da sua existência, da sua concepção ao seu fim natural, deixando pensar que há períodos em que o ser humano não existiria verdadeiramente. Temos que ter a coragem de recordar aos nossos contemporâneos o que é o homem, o que é a humanidade”.








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